Dakar - Os contactos visando as novas negociações entre o governo senegalês e a rebelião de Casamança, no sul do país, foram recentemente relançados pela comunidade católica de Santo Egídio, afirmou esta segunda-feira um dos principais chefes rebeldes, Salif Sadio, citado pela AFP.
Entretanto, nenhum representante do Estado senegalês ligado ao dossier pode reagir esta segunda-feira, as declarações de Salif Sadio, numa entrevista à rádio Zig FM, baseada em Ziguinchor, principal cidade de Casamança, difundida no último final de semana.
O Movimento das forças democráticas de Casamança (MFDC) leva a cabo desde 1982, uma rebelião pela independência do Casamança, um conflito que já causou milhares de vítimas civis e militares, devastou a economia da região e provocou numerosos refugiados e deslocados.
Uma acalmia perdura no terreno desde há muitos anos, numa altura em que os esforços de paz se multiplicaram desde a chegada ao poder do presidente Macky Sall, em 2012, em particular sob a égide da comunidade de Santo Egídio, em Roma, conhecida pelos seus esforços de mediação no mundo.
"Nós haviamos prometido perante o mundo passar pela via pacífica para regular esse problema", declarou Salif Sadio, chefe da ala militar mais radical do MFDC.
O Casamança está cortado do norte do Senegal pelo território gambiano, ponto de passagem quase que obrigatório entre os dois países, salvo se retornar à leste numa distância de 500 quilómetros para contornar a Gâmbia.
Yahya Jammeh, no poder há mais de 22 anos, era considerado pelo Senegal como um apoiante da rebelião do Casamança, facto desmentido por Salif Sadio.
Conosaba/angop.ao
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