antigo ministro gambiano do Interior, Ousman Sonko
Banjul - A Suíça anunciou ter prolongado por mais três meses a detenção provisora do antigo ministro gambiano do Interior, Ousman Sonko, suspeito de crimes contra a humanidade.
Nesta sua decisão, o Estado suíço evoca os “progressos” conseguidos durante o inquérito.
"Tendo em conta os progressos realizados, o ministério público da confederação pediu mais três meses de detenção provisória. O pedido foi aceite", declarou à AFP Linda Studer, uma porta-voz do procurador-geral.
A prorrogação permitirá, nomeadamente, interrogar as novas testemunhas, examinar as queixas penais e analisar os documentos e dados obtidos, precisou Studer.
Ousman Sonko foi ministro do Interior da Gâmbia durante 10 anos, antes de ser demitido, em Setembro de 2016.
Posteriormente, refugiou-se para a Suécia, antes de pedir asilo político, na Suíça, em Novembro de 2017.
Foi interpelado, em Janeiro de 2017, próximo de Berna, depois da abertura de um inquérito por suspeitas de crimes contra a humanidade, tendo os factos ocorridos no exterior, depois de Janeiro de 2011.
Todavia, a condição que o seu auto esteja na Suiça, e não seja extraditado nem entregue a um Tribunal Penal Internacional (TPI).
A interpelação de Sonko deve-se a uma denúncia penal feita pela organização não-governamental “Trial International”, com sede em Genebra, e que combate a impunidade no mundo.
Desde a sua detenção, duas vitimas apoiadas por aquela ONG apresentaram queixas penais contra Ousman Sonko.
"Ambas foram torturadas pelas autoridades gambianas quando o suspeito era chefe dos Serviços secretos, na qualidade de Inspector-geral da Polícia e, posteriormente, como ministro do Interior.
Ousman Sonko é acusado de ter participado pessoalmente em actos de tortura, explicou a ONG, num comunicado.
Ousman Sonko ocupou também o posto de comandante do primeiro batalhão de infantaria das Forças armadas gambianas.
Dirigida durante 22 anos pelo antigo Presidente Yahya Jammeh, este foi derrotado na eleição presidencial de Dezembro de 2016, por Adama Barrow, mas não quis reconhecer a desfeita.
Exilou-se na Guiné Equatorial, depois da intervenção militar da Comunidade dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO).
Conosaba/angop
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