segunda-feira, 17 de abril de 2017

GUINÉ-BISSAU PERDE LUTA CONTRA SACOS DE PLÁSTICOS

Plásticos impedem alimentação do lençol freático


Ambientalista denuncia prejuízos contra o ambiente

Na Guiné-Bissau, os comerciantes têm resistido à lei que proíbe a venda de sacos plásticos.

A decisão governamental foi saudada, em 2013, pelos ambientalistas, mas a sua aplicação têm-se deparado com muita resistência.

Várias campanhas de sensibilização foram desenvolvidas pelas autoridades governamentais e entidades que lutam pela preservação do meio ambiente.

Apesar de todas estas investidas, tem-se notado muita resistência, sobretudo dos comerciantes, que importam sacos plásticos dos países vizinhos, nomeadamente a partir do Senegal, da Guiné-Conacri e da Gãmbia.

Eles afirmam que não é intencional desafiar a lei.

Opiniões diversas dos feirantes registadas pela VOA reconhecem, aliás, os efeitos nocivos dos sacos plásticos ao meio ambiente, mas defendem a ausência de uma politica alternativa à sua erradicação no mercado.

Trata-se de uma lei, cujo conteúdo é do domínio público.

Todavia, garantem os consumidores, enquanto não houver outra opção, não há como deixar de usar os sacos plásticos.

Em diferentes ocasiões e abordagens técnicas, os ambientalistas têm falado muito das consequências do uso de sacos plásticos.

Um desses actores é Nelson Dias, representante da União Internacional para Conservação de Natureza (UICN) que, a propósito dos efeitos a curto e longo prazo de sacos plásticas.

”O que está a acontecer é que estamos a utilizar sacos plásticos e os nossos solos estão a ficar saturados. Quando a água das chuvas cai, em vez de infiltrar para alimentarem o lençol freático, vai para o mar. Quer dizer estamos a enfraquecer o nosso lençol freático”, explica Dias.

No meio desta disputa de interesses ou de posições entre os ambientalistas e comerciantes, a empresa pública, INACEP, especializada na impressão, disponibilizou-se a confeccionar embalagens em papel reciclável, evitando, assim, o uso de sacos plásticos.

A iniciativa da administração da citada empresa, no entanto, ficou apenas nas intenções, pois não houve medidas de seguimento ou de pressão necessária junto dos vendedores, salvo raras excpeções.

Conosaba/Voa

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