Bissau, 10 Mar 17 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS) e o “Grupo dos 15” deputados expulsos do PAIGC consideram as declarações do Presidente da Comissão da CEDEAO de “falsas e infundadas”, em relação ao nome de Augusto Olivais ao cargo do Primeiro Ministro.
A posição foi tornada pública, por estas duas entidades, num documento tornado público, em jeito de reação às recentes afirmações de Marcel de Souza, segundo as quais foi “ alcançado o consenso em Conacri, em torno do nome de Augusto Olivais para ser nomeado Primeiro-ministro do governo inclusivo na Guiné-Bissau”.
“ Na verdade, com esta afirmação falsa e infundada de que houve consenso sobre o nome de Augusto Olivais, o Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está a prestar um mau serviço a nossa organização comum e ao processo das negociações para se ultrapassar a crise política na Guiné-Bissau”, acrescenta a nota.
Ainda, o PRS e “Grupo dos 15” acusam “o Presidente da Comissão da CEDEAO de, deliberadamente querer ignorar que um dos três nomes apresentados para o cargo do Primeiro Ministro deveria ter o apoio da maioria das forças políticas no Parlamento e ser da confiança do Presidente da República”.
Pelo contrário, advogam que “deve-se notar que o número de deputados que apoiam o governo ultrapassa o exigido por lei, para a aprovação do Programa do Governo e do Orçamento Geral do Estado”.
Por isso, entendem que “não faz sentido nenhum, falar de consenso na pessoa do dirigente do PAIGC, Augusto Olivais, uma vez que ele não poderia contar com o apoio do PRS, do “Grupo dos 15 e de mais aliados no Hemicíclo”.
Para além de questionarem da acta da reunião de Conacri, onde tal consenso deveria constar, o PRS e o “Grupo dos 15” consideram de “ lamentável o facto de o Presidente da Comissão não compreender a realidade política do país, ”porque os sinais que recebe são deturpadores e não permitem fazer uma análise mais realista das diferentes posições assumidas pelas partes signatárias”.
Enquanto o PRS e “Grupo dos 15” defendem a permanência do Umaro Sissoco Embaló nas funções de chefe do Governo, os partidos, PAIGC, PCD, PND e UM consideram actual executivo de “ilegal”, dado que o Presidente da República “fez uma nomeação contra a Constituição da República e o Acordo de Conacri”.
Com o objectivo de ultrapassar a presente crise política, no dia 14 de outubro último, os actores políticos assinaram, na República de Guiné, o chamado “Acordo de Conacri” que prevê, nomeadamente a nomeação dum Primeiro Ministro da confiança do Presidente da República e que reuna a confiança das partes signatárias”.
Conosaba/ANG/QC/SG
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