O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi posto em liberdade esta sexta-feira. O seu advogado, Farid el-Deeb, assegurou à imprensa que ele deixou o hospital militar do Cairo, onde passou a maior parte dos seis anos de detenção.
O tribunal aprovou a sua libertação a 13 de março, depois de ter sido absolvido pelo Supremo Tribunal do Cairo no início do mês. O ex-líder egípcio foi condenado à prisão perpétua em 2012 por “assassinato e tentativa de assassinato de manifestantes, abuso de poder e de bens sociais e ameaça aos interesses do Estado.”
Os fatos remontam a 2011, durante os dias de protestos que precederam a sua queda e nos quais Mubarak nega envolvimento.
No entanto, os processos judiciais contra Hosni Mubarak ainda não acabaram. A investigação de corrupção foi reaberta recentemente contra o ex-presidente, suspeito, assim como a sua esposa, filho e duas filhas de ter recebido presentes do governo Al-Ahram, no valor de cerca de um milhão de dólares.
O processo foi arquivado 2013 pelo juiz de instrução após as partes interessadas terem devolvido a quantia, mas a acusação recorreu.
Desde da subida ao poder do general Al Sisi em 2013, uma série de dignitários do antigo regime também foram absolvidos pelos tribunais. No entanto, para os revolucionários e as famílias das vítimas, o anúncio da libertação foi um duro golpe.
Conosaba do Porto/© e-Global Notícias
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