Acusações de ambas as partes revelam impasse político
A crise política na Guiné-Bissau continua depois de mais uma reunião do Conselho de Estado convocada pelo Presidente da República na noite de quarta-feira, 15.
A proposta do presidente do Parlamento Cipriano Cassamá para a formação de um novo Governo integrado pelos cinco partidos com assento na Assembleia Nacional Popular não foi aceite, enquanto Vitor Mandinga, porta-voz do Conselho de Estado, acusou o PAIGC de ter bloqueado o Parlamento.
No final da reunião de cinco horas, Cipriano Cassamá acusou José Mário Vaz de “estar a brincar com o povo” e de ter saído “de uma farsa” em virtude de a reunião do Conselho de Estado não ter produzido resultados.
Por seu lado, o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, disse que está-se frente a uma grave crise institucional e não quando o seu Governo foi demitido em 2015.
Simões Pereira acusou José Mário Vaz de ter dificuldades em conduzir "um debate sério e construtivo”.
O porta-voz do Conselho de Estado, por sua vez, responsabilizou o PAIGC por “encerrar deliberadamente” o Parlamento e refutou a existência de um bloqueio das instituições do país.
Vitor Mandinga lembrou que a Assembleia Nacional Popular é o único órgão que não funciona por culpa do partido maioritário.
Empossado a 13 de Dezembro de 2016, o Governo de Umaro Sissoco Embaló ainda não conseguiu apresentar o seu programa em virtude de o Parlamento não chegar a acordo sobre a retomada das sessões.
Conosaba com Voa
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