sábado, 11 de fevereiro de 2017

RAMOS HORTA ADVERTE QUE NÃO É PRECISO DRAMATIZAR A SITUAÇÃO POLÍTICA VIGENTE NA GUINÉ-BISSAU


Antigo representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas e igualmente chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), José Ramos Horta, advertiu esta sexta-feira, 10 de fevereiro 2017, que não é preciso dramatizar a situação política vigente no país, apesar da mudança de vários primeiros-ministros no curto espaço de tempo, que no seu entender teve impacto na governação do país.
O Nobel da paz que falava à imprensa à saída de uma audiência mantida com o Presidente da República, José Mário Vaz. Ex-Chefe de Estado de Timor Leste encontra-se no país a convite da comissão organizadora do Simpósio Internacional da reconciliação, realizado pela Comissão de Reconciliação Nacional.
José Ramos Horta disse na sua declaração à imprensa que abordam com o Chefe de Estado guineense a questão do simpósio internacional da reconciliação que decorre no país.
“A Guiné-Bissau é um dos países mais pacífico do mundo, sendo assim não é preciso dramatizar a situação por parte da comunidade internacional. Se eu for solicitado por José Mário Vaz e outros autores nacionais, posso dar a minha contribuição na medida de possível para encontrar uma saída a este bloqueio na ação governativa, porque o país está andando, apesar de toda situação política, há crescimento económico, tem apoio do Fundo Monetário Internacional e outras instituições financeiras de maneira que não há razão para alarme”, assegurou.
Horta defende que qualquer diálogo para o entendimento, deve ser orientado por Presidente José Mário Vaz, que na sua visão envolverá igualmente os restantes órgãos de soberania bem como todos os atores nacionais, eleitos ou não.
“Havendo uma situação de impasse político, o Presidente assume essa responsabilidade de trazer todos para explorarem ideias de como ultrapassar o imbróglio, portanto não posso antecipar algumas soluções que possam encontrar”, notou.
Depois da audiência, Ramos Horta ofereceu ao chefe de Estado guineense um livro contendo biografias de todos os vencedores do prémio Nobel da Paz desde a sua criação há mais de 100 anos.
Por: Aguinaldo Ampa/odemocratagb com Conosaba do Porto

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