Durante a campanha, a Democrata Hillary Clinton afirmou que o Republicano Donald Trump era ” de temperamento impróprios ” para ser Presidente dos Estados Unidos da América, e nos últimos meses muitas pessoas em todo o mundo chegaram à mesma conclusão.
Clinton era, naturalmente, o adversário político de Trump, mas alguns psicólogos começaram agora a questionar seu estado mental.
Até recentemente, os psicólogos não tinham permissão para avaliar figuras públicas e conversar com jornalistas sobre suas descobertas. Mas esta regra agora está sendo descartada e especialistas em saúde mental estão falando sobre Trump.
Em uma tentativa de alertar o público, os psicólogos estão publicando seus diagnósticos de Trump. Muito recentemente, John D. Gartner disse que Trump “é um doente mental perigoso e com um temperamento impróprio para um presidente.”
Ele acredita que Trump apresenta sinais de “narcisismo maligno”, que é definido como uma mistura de narcisismo, transtorno de personalidade anti-social, agressão e sadismo segundo avança o Campbells ‘Psychiatric Dictionary.
Narcisismo é, de fato, um dos diagnósticos mais comuns de Trump pelos psicólogos: “O narcisismo prejudica sua capacidade de ver a realidade, portanto você não pode usar a lógica para persuadir alguém assim”, disse a psicóloga clínica Dr. Julie Futrell ao NY Daily News.
Três milhões de mulheres marchando? Ele não vai se comover. Conselheiros indicam que uma escolha política não funcionou? Ele não vai se importar.
Em dezembro, três professores de psiquiatria escreveram a Barack Obama, expressando suas preocupações sobre a estabilidade mental de Trump:
“Seus sintomas de instabilidade mental – incluindo a grandiosidade, a impulsividade, a hipersensibilidade a críticas leves e a aparente incapacidade de distinguir entre fantasia e realidade – nos levam a questionar sua aptidão para as imensas responsabilidades do cargo”, disseram os professores da Harvard Medical School e da Universidade da Califórnia, escreveram ao então presidente, pedindo-lhe para estruturar uma “avaliação médica completa e neuropsiquiátrica do então presidente eleito.”
Logo após a eleição, um grupo chamado Citizen Therapists Against Trumpism foi criado, ao qual milhares de psicólogos acabaram se juntando. Eles publicaram um manifesto avisando sobre a psicose de Trump, citando os seguintes argumentos como os sinais de alerta:
“Bode expiatório e expulsão de grupos de pessoas que são vistas como ameaças, incluindo imigrantes e minorias religiosas; degradação e humilhação de rivais e críticos; promoção de um culto ao ‘Homem Forte’ que incita o medo e à raiva; promessa de resolução de todos os nossos problemas, se apenas confiarmos nele; reinvenção da história e pouca preocupação com a verdade (e); não vê necessidade de persuasão racional “.
A Associação Americana de Psiquiatria tem uma lista de verificação de nove pontos para o narcisismo – se alguém exibe apenas cinco dos traços, já é considerado como Transtorno da Personalidade Narcisista:
Tem uma sensação grandiosa de auto importância (por exemplo, exagera sobre as conquistas e os talentos, espera ser reconhecido como superior sem conquistas proporcionais ao status).
Está preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal.
Considera que ele ou ela é “especial” e único e só pode ser entendido por outras pessoas especiais ou de alto status (ou instituições), ou só deve associar-se a elas.
Exige admiração excessiva.
Tem um sentimento de direito, isto é, expectativas não razoáveis de tratamento especialmente favoráveis ou cumprimento automático de suas expectativas.
Utiliza a exploração interpessoal, ou seja, tira proveito de outros para alcançar seus próprios fins.
Falta de empatia: não está disposto a reconhecer ou se identificar com os sentimentos e necessidades dos outros.
Tem, muitas vezes, inveja dos outros, ou acredita que os outros têm inveja dele (a).
Mostra comportamentos ou atitudes arrogantes e altivas.
Mesmo os mais fervorosos adeptos de Trump podem ter dificuldade em negar que o Presidente exibe pelo menos cinco dessas características.
Através de inúmeras entrevistas e suas infames declaração por ‘twitter’, parece que Trump só acredita em fatos que o elogiam – qualquer outra coisa é “notícia falsa” para ele. E de acordo com os psicólogos, esta desconexão patológica da realidade é perigosa. Ele se envolve com pessoas que o admiram e o aplaudem, e ataca com tiradas furiosas os jornalistas que o enfurecem ao ousar sugerir algo negativo sobre ele. A equipe de Trump só lhe dirá o que ele quer ouvir, louvando, assim seus comportamentos narcisistas e sociopatas.
“Trump é uma pessoa perturbada que se protege ao construir seu ego e derrubando outros”, explicou um psicólogo anônimo ao NY Daily News. “Para um “narcisista severo” como o presidente, a necessidade de manter a autoimagem é tão grande que ele “distorce a realidade para cumprir qualquer fantasia sobre poder, riqueza, beleza, etc., que mantém”, ele acrescenta.
O manifesto do CitizenTherapists acredita que os modos egoístas de Trump estão criando “a ilusão de que os americanos de verdade só podem se tornar vencedores se outros se tornarem perdedores”. No entanto, alguns especialistas em saúde mental acreditam que devemos ser cautelosos com os psicólogos que diagnosticam alguém que nunca conheceram:
O Professor de Psiquiatria da Universidade de Glasgow, Daniel Smith, disse ao The Independent: “Não é considerado muito ético comentar coisas como esta se você nunca avaliou o indivíduo. Também é importante lembrar que há uma diferença entre transtorno de personalidade e doença mental “.
Entretanto, quanto mais os especialistas em saúde mental debatem (e os cidadãos comuns presenciam com seus leigos olhos), mais preocupante parece a situação.
Fonte: Independent/ Moz Massoko com Conosaba do Porto
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