O PAIGC, partido vencedor das últimas eleições legislativas na Guiné-Bissau, exigiu hoje em comunicado ao Presidente José Mário Vaz que demita "imediatamente" o governo do primeiro-ministro Umaro Sissoco Embaló.
"O PAIGC exige a imediata demissão do atual governo e a nomeação sem demoras de Augusto Olivais", lê-se no comunicado do partido.
Para o partido liderado pelo ex-primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, a nomeação de Olivais, dirigente do PAIGC, colocaria fim ao impasse político na Guiné-Bissau e faria com que fosse respeitado o Acordo de Conacri.
No comunicado, o PAIGC regozija-se com as últimas posições assumidas pela comunidade internacional, particularmente com as palavras do presidente da comissão da CEDEAO, Marcel de Souza, em relação à crise guineense.
Em entrevista à RTP África, Marcel de Souza defendeu hoje que a persistência do impasse político na Guiné-Bissau se deve ao facto de o nome de consenso escolhido à luz do Acordo de Conacri, o de Augusto Olivais, ter sido preterido pelo de Umaro Sissoco Embaló, nomeado primeiro-ministro.
O acordo foi patrocinado pelos líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e assinado em outubro por dirigentes políticos, sociedade civil e outras instituições da Guiné, para garantir que o país tenha um governo com programa e orçamento aprovados no parlamento.
O PAIGC e três forças políticas representadas na assembleia nacional guineense acusam o líder do país de não ter respeitado o acordo ao nomear Umaro Sissoco Embaló como primeiro-ministro, em dezembro, pelo que não integram o governo.
Conosaba/Lusa
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