Adama Barrow na cerimónia de tomada de posse
Milhares de apoiantes reuniram-se este sábado (18.02) para celebrar a tomada de posse do chefe de Estado, um mês após ter feito o juramento na embaixada gambiana no Senegal, depois de uma intensa luta pelo poder.
Celebra-se este sábado, 18 de fevereiro, o 52º aniversário da independência da Gâmbia do Reino Unido, mas muitos são os que já falam no nascimento da terceira República, após a derrota de Yahya Jammeh nas urnas, após 22 anos no poder.
As cerimónias de tomada de posse do Presidente gambiano, Adama Barrow, começaram logo pela manhã, no Estádio da Independência, em Bakau, a oeste da capital, Banjul, e contam com a presença de vários chefes de Estado africanos, bem como de diplomatas. Cerca de 25 mil pessoas assistem à cerimónia no estádio.
O primeiro Presidente da Gâmbia, Dawda Jawara, que governou desde a independência em 1965 até ao golpe de 1994, também foi convidado, disseram os organizadores à AFP. Diplomatas dos Estados Unidos e do Reino Unido tiveram dificuldade em entrar no estádio, segundo o correspondente da agência de notícias francesa.
Barrow fará novamente o juramento que fez pela primeira vez na embaixada da Gâmbia no Senegal, cujo território circunda quase totalmente o país e cujo Presidente, Macky Sall, é visto como um importante aliado do novo chefe de Estado.
O fim da crise
A cerimónia deste sábado representa o fim da crise política dos últimos meses. Barrow tomou posse a 19 de janeiro, na embaixada da Gâmbia no Senegal, onde estava refugiado a aguardar que Yahya Jammeh passasse o poder de forma pacífica.
Dias depois, Barrow formou o seu Governo com representantes dos oito grupos políticos que integram a coligação no poder, bem como vários políticos que eram perseguidos por Jammeh.
Com a posse oficial de Barrow em território gambiano, o país africano encerra a crise política suscitada após a recusa de Jammeh, que governou o país durante os últimos 22 anos, a ceder o poder ao Presidente eleito nas urnas a 1 de dezembro.
Jammeh entregou o poder a Barrow a 21 de janeiro, após ceder às pressões diplomáticas e à ameaça de intervenção militar da CEDEAO, e deixou finalmente o país para se exilar na Guiné-Equatorial.
As forças da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental continuam na Gâmbia para garantir a segurança do país.
Conosaba/dw
Sem comentários:
Enviar um comentário