O ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, rejeitou hoje qualquer incompatibilidade legal com a sua indicação pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), para a vice-Presidência da República.
"Não há nenhuma incompatibilidade legal ou Constitucional para esta situação, e eu diria, se fossemos então no rigor de colocar suspeições para uma situação desta, no limite então os senhores deputados, por exemplo, teriam de se demitir agora, porque estivemos a ver legislação eleitoral", ironizou.
O governante falava à imprensa no final de um encontro com os partidos políticos, para o balanço das atividades realizadas na segunda fase do processo de registo eleitoral, no qual foi levantada a questão de ser ministro e segundo nome da lista do MPLA às eleições gerais de agosto próximo.
Bornito de Sousa precisou que não existe nenhuma interferência sua no processo de atualização do registo eleitoral, cuja segunda fase e última fase decorre até ao dia 31 de março.
"O processo é suficientemente transparente e não há intervenção humana, o operador está lá no sítio em que estiver, faz o registo e os dados entram diretamente, o ministro da Administração do Território não tem nenhuma interferência neste processo, portanto, o processo é suficientemente transparente e devemos estar claros sobre isso, não há dúvidas sobre isso", disse.
Partidos políticos da oposição têm levantado constantemente suspeições por entenderem que o registo eleitoral não deveria ser realizado por um órgão da administração pública, como o Ministério da Administração do Território, defendendo a realização do mesmo por um órgão independente, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Na sexta-feira, Bornito de Sousa foi indicado, durante a reunião do Comité Central do MPLA, o segundo nome da lista às eleições gerais de agosto e consequentemente candidato à vice-Presidência da República, encabeçada pelo ministro da Defesa, João Lourenço.
Conosaba/Lusa
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