Vários gerentes de banco francês Societé Generale foram detidos na semana passada na Guiné Equatorial, acusados por Malabo de passar informações para a justiça francesa que investiga o caso de ganhos ilícitos, em especial sobre a herança do filho do presidente.
Pelo menos três altos executivos da subsidiária local da Societe Generale, dois franceses e um espanhol, foram presos e seus passaportes confiscados, na semana passada em Malabo.
Os detidos são acusados de “violar o sigilo bancário”, e transmitir à justiça francesa, informação sobre as contas do filho do presidente, Teodorin Obiang que também é vice-presidente da Guiné Equatorial.
São “espiões”, refere um comunicado do governo, “a soldo das ONG Sherpa e Transparência Internacional.”
Ambas ONGs apresentaram queixa há quase dez anos, contra Teodorin Obiang no caso de ganhos ilícitos. Acusam o filho do presidente de desviar dinheiro do país para construir uma fortuna colossal em mansões em Paris, carros de luxo, obras de arte, etc. O primeiro julgamento neste caso deve ocorrer dentro de cerca de dez dias em Paris.
Um processo que a Guiné Equatorial tem tentado, sem sucesso, cancelar no Tribunal Internacional de Justiça (TPI) argumentando que Teodorin Obiang goza da “imunidade diplomática” na sua qualidade de Vice-Presidente.
Mas o cerco parece estar a apertar-se à volta de Obiang. Pelo menos 21 carros de luxo foram apreendidos na Suiça e apreendido um iate no mês passado.
Conosaba do Porto com © e-Global Notícias em Português
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