Um grupo de cidadãos da Guiné-Bissau defendeu hoje o regresso ao país do antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, derrubado num golpe militar e que tem residido desde então em Cabo Verde e Portugal.
Fernando Gomes, antigo ministro nos governos liderados por Gomes Júnior, é o rosto de um movimento que quer o regresso ao país de todos os cidadãos guineenses exilados no estrangeiro.
O movimento apresentou-se hoje publicamente num hotel em Bissau, tendo lançado um manifesto com o qual incentiva os guineenses a subscreverem uma petição a ser entregue às organizações políticas.
Na ocasião, o movimento fez uma resenha histórica das principais realizações de Carlos Gomes Júnior enquanto primeiro-ministro para defender o seu direito de regresso ao país.
"A governação de Carlos Gomes Júnior deu credibilidade à Guiné-Bissau no plano nacional e internacional por força da competência e honestidade", disseram os responsáveis do movimento, composto essencialmente, por antigos governantes e jovens.
"Devolveu a esperança ao povo guineense", acrescentaram.
Augusto da Silva, presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, disse à Lusa que a organização solidariza-se com a iniciativa "por se inscrever no âmbito da proteção dos direitos" dos cidadãos que se encontram fora do seu país "por motivos políticos".
"Nenhum cidadão pode ser forçado, por qualquer que seja o motivo, a viver fora do seu país", defendeu Augusto da Silva, anunciando a disponibilidade da Liga dos Direitos Humanos para se juntar a todas as iniciativas visando o retorno dos exilados.
Além de Carlos Gomes Júnior, encontram-se a viver em Portugal o antigo Presidente interino da Guiné-Bissau Raimundo Pereira, o ex-ministro da Defesa e líder partidário Iancuba Indjai, e o ex-primeiro-ministro Francisco Fadul, entre outros.
Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior foram derrubados num golpe de Estado militar no dia 12 de abril de 2012.
Lusa/Conosaba
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