A Guiné-Bissau já dispõe de um centro de preparação e de recuperação de Noma. Este centro inaugurado esta quinta-feira, que fica situado em Safim, já alberga vinte e cinco (25) crianças seleccionadas para a operação de Noma
O centro contém blocos operatórios, enfermaria, quarto dormitório masculino e feminino e foi construído pela organização não-governamental alemã Hilfsaktion Noma que reforça a sua ajuda no combate ao cancro oral na Guiné-Bissau.
No acto da inauguração, o Chefe de Projectos da “ONG Hilfsaktion Noma” em Africa, Mathis Winkler, garante que aquele centro vai dar mais segurança às crianças antes, durante e depois da operação.
“A casa não foi concluída e continuamos com dificuldades para conseguir os materiais. Em poucas semanas alguns equipamentos técnicos chegarão de Alemanha. Este espaço tornará seguro para as crianças alvo. E também este será um espaço de treinamento destas crianças para quando voltarem às suas casas terão fonte de rendimento para criarem mudanças para os seus futuros”
O Ministro da Saúde, Domingos Malú, disse que o governo está cada vez preocupado com o aumento de Noma em algumas regiões do país, por isso o centro deve ser conservado.
“O problema de Noma existe e é um problema nacional. Aos nossos técnicos nacionais, deve haver uma responsabilidade no tratamento deste centro. A sua estabilização e manutenção devem ser mantidas”, pede.
Entretanto, o Administrador da Antena Noma no país, Mamadu Mane, disse que para evitar a Noma é essencial a realização de uma sensibilização aos populares por isso o Noma é ligado a pobreza, principalmente a falta de higiene e a má nutrição.
“O essencial é a sensibilização ensinando as pessoas sobre os métodos de prevenção ao Noma”, defende.
Segundo últimos dados, as regiões mais afectadas com o Noma são OIO, Gabú, Bafatá, Biombo e Cacheu. A doença de Noma atinge normalmente crianças, deforma o rosto e pode provocar a morte e as causas da doença estão fortemente ligadas à pobreza.
Segundo uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 140 mil novos casos de Noma são registrados todos os anos.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos com Conosaba
Imagem: Bibia Mariza Pereira
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