O ex-chefe de Estado-Maior da Armada da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto, que confessou crimes de tráfico de droga em maio de 2014, foi condenado a quatro anos de prisão por um tribunal de Nova Iorque, esta terça-feira.
"Não tenho muito para dizer além de que estou arrependido do meu ato", disse Na Tchuto, em crioulo, através de um intérprete.
No final da pena, informou fonte do tribunal à Lusa, Na Tchuto será deportado dos Estados Unidos.
Com a leitura da sentença sem o caso ir a julgamento, é certo que o ex-militar guineense negociou um acordo com a acusação, como já acontecera com outros acusados no mesmo caso.
Na Tchuto, que arriscava uma pena que podia ir até prisão perpétua, já cumpriu assim a maior parte da pena, visto que se encontrava detido há mais de três anos.
Bubo Na Tchuto foi capturado pelos Estados Unidos numa ação antidroga em 2013 e confessou os crimes no ano seguinte, bem como outros três homens que foram detidos com o guineense.
O juiz do caso, Richard Berman, explicou durante a leitura da sentença que a pena resultava do facto de Tchuto ter cooperado com as autoridades nos últimos dois anos e ter tido bom comportamento na prisão.
Na Tchuto recebe, assim, uma pena em linha com o que receberam os outros guineenses detidos na mesma operação.
Tchamy Yala foi condenado a cinco anos de prisão, Papis Djeme foi condenado a seis anos e meio de prisão e Malam Mane Sanha já cumpriu os 36 meses de pena e foi deportado no final do ano passado para Portugal, por ter nacionalidade portuguesa e guineense, mas ter usado o passaporte português no processo de deportação.
Em abril de 2103, Na Tchuto e os companheiros foram detidos em águas internacionais, ao largo de Cabo Verde, por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana.
Segundo a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau.
Conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário