sexta-feira, 28 de outubro de 2016

BUBO NA TCHUTO, LIBERTADO DE UMA PRISÃO AMERICANA, PRETENDE REINTEGRAR NAS FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ-BISSAU


Bissau - O antigo chefe da Marinha bissau-guineense, Bubo Na Tchuto, libertado após ter cumprido uma pena de prisão nos Estados Unidos, por tráfico de droga, solicitou ao Presidente José Mário Vaz, a sua reitegração nas Forças armadas, noticiou a AFP.

O contra-almirante Na Tchuto, que regressou ao seu país a 22 de Outubro, fez essa solicitação durante uma audiência mantida com o presidente Vaz, soube-se esta sexta-feira de fontes concordantes.

"Regresso de uma viagem que me afastou do país durante três anos. É normal que no meu regresso tenha a oportunidade de ver o chefe supremo das forças armadas", declarou a imprensa.

"Discuti com o presidente a minha reintegração no exército. Agora, tudo depende do presidente. Sou um veterano de guerra de independência desse país, dei tudo por esse país", acrescentou o oficial.

Interrogado sobre a situação de Bubo Na Tchuto, o Primeiro-ministro Baciro Dja afirmou tratar-se de "um filho do país, um veterano de guerra de independência, tendo desejado-lhe as "boas-vindas ao seu país".

"Não conheço ainda as circunstâncias da sua libertação, por isso, não me posso pronunciar sobre o seu caso", acrescentou Dja.

Um novo chefe da Marinha, Carlos Alfredo Mandungal, foi nomeado em Julho, em substituição de Sanha Klucé, falecido em Maio.

Capturado pela polícia americana em Abril de 2013, por tráfico de droga e detido nos Estados Unidos desde então, Bubo Na Tchuto mostrou-se culpado durante o seu julgamento em Maio de 2014, da acusação de "conspiração por importar substâncias controladas".

Foi condenado a 04 de Outubro à quatro anos de prisão por um tribunal de Nova Iorque, o que, tendo em conta os cerca de três anos passados em detenção e a uma redução da pena em seis meses por boa conduta, culminou com a sua libertação, indicou quinta-feira a administração penitenciária americana.

A sua detenção, como a inculpação em 2013 do chefe do estado-maior, o general António Indjai, exonerado em Setembro de 2014 por Mário Vaz, ilustrou o aumento do tráfico de droga na África do Oeste, e o lugar da Guiné-Bissau nesse tráfico, com a presumível cumplicidade de altos responsáveis militares. 

O representante especial da ONU na África do Oeste Mohamed Ibn Chambas, saudou em Novembro de 2015, os progressos registados pela Guiné-Bissau na luta contra o narcotráfico desde a eleição presidencial de Vaz em 2014. 

Conosaba com angop 

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