Desaparecido desde a difusão do seu último vídeo em Março de 2016, Abubakar Shekau afirmou, através de um curto vídeo, não aceitar a sua substituição à frente da “província” da África de Oeste da organização terrorista do Estado Islâmico à qual a seita islamista radical Boko Haram declarara aliança.
Depois de criticar a inércia do Boko Haram nas operações no sul da Nigéria, o Estado Islâmico através de um comunicado anunciou a substituição de Abubakar Shekau por Abu Musab al-Barnawi, que ocupara a função de porta-voz da organização terrorista nigeriana até 2013 quando integrou, juntamente com outros dissidentes, o grupo Ansaru que se aliara à Al-Qaeda do Magrebe Islamico (AQMI).
No vídeo difundido, cuja autenticidade foi posta em causa por alguns especialistas, Abubakar Shekau acusa al-Barnawi de “politeísta” e de ter posto em prática uma conspiração para tomar o seu lugar na liderança do Boko Haram.
“Pediram-me para enviar a minha ideologia por escrito ao Califa, mas ele já estava manipulado por certas pessoas que pretendiam apenas atingir os seus próprios interesses egoístas”, denunciou Abubakar Shekau que afirma ter enviado oito cartas aos lideres do Estado Islâmico, onde reafirmava a sua fidelidade à organização terrorista, mas não obteve qualquer resposta até à declaração do seu afastamento da liderança do Boko Haram.
Segundo Abubakar Shekau, o seu movimento continuará a lutar até ao “estabelecimento de um Estado islâmico”.
© e-Global/Conosaba
Sem comentários:
Enviar um comentário