Armando Guebuza, antigo Presidente moçambicano
O FMI e os doadores do Orçamento de Estado suspenderam este ano os seus apoios a Moçambique após se ter tornado pública a existência de 1,2 mil milhões de euros em empréstimos garantidos pelo Estado e que não foram declarados nas contas públicas.
Jurista Elísio de Sousa incluiu o antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, caso as investigações às contas secretas do Estado terminarem na justiça.
Pouco mais de um mês após o início das investigações, a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique divulgou nesta quinta-feira, 14, os primeiros dados sobre as chamadas dívidas ocultas, no valor de cerca de 1,5 milhões de dólares, contratadas durante o último ano do mandato de Armando Guebuza, como Chefe de Estado.
A conclusão indica que as dívidas foram contraídas à margem da lei, segundo Taibo Mucobora, um dos Procuradores Gerais adjuntos, que falava numa conferência de imprensa em Maputo,
Ele salientou haver espaço para uma acção penal contra os autores.
Em declarações à VOA em Maputo, Elísio de Sousa, um dos mais conceituados criminalistas do país, diz que com o crime em alusão, podem responder várias pessoas, incluindo o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, e o então Ministro das Finanças, Manuel Chang.
Neste momento a Procuradoria Geral diz que vai convidar peritos nacionais e internacionais sobre questões administrativo-financeiras, para ajudar a seguir o rasto do dinheiro, porque mais do que uma simples criminalização, é preciso saber com exactidão onde foi parar o dinheiro.
Conosaba
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