Os cinco partidos que compõem o parlamento da mostraram-se hoje divididos quanto à figura para chefiar o próximo governo, com três deles a defender que deve ser um elemento indicado pelo PAIGC, vencedor das últimas eleições.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, auscultou hoje os partidos representados no Parlamento, três dos quais defenderam caber ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), indicar o primeiro-ministro.
Os líderes do PAIGC, Domingos Simões Pereira, da União para Mudança (UM), Agnelo Regalla, e do Partido da Convergência Democrática (PCD), Vicente Fernandes, sublinharam, nas suas declarações aos jornalistas, que vincaram perante o chefe de Estado que compete ao partido vencedor das eleições legislativas indicar o primeiro-ministro.
"Qualquer exercício fora desse âmbito seria uma violação da Constituição por parte do Presidente da República", notou Vicente Fernandes, corroborado por Agnelo Regalla, ambos ministros nos governos chefiados pelo PAIGC nesta legislatura.
Por sua vez, Victor Pereira, porta-voz do Partido da Renovação Social (PRS), que lidera a oposição parlamentar, afirmou que o seu partido aguarda por qualquer solução a ser proposta para a saída da crise, tando podendo ser por parte do PAIGC como do Presidente da República, salientou.
O líder do Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djaló, um dos conselheiros do Presidente guineense, disse ter sido informado por José Mário Vaz que não recebeu do PAIGC qualquer proposta de solução para a crise, tal como havia solicitado àquele partido.
"O Presidente informou-nos que tinha solicitado ao PAIGC uma solução governativa, mas recebeu deste partido alguns cenários", adiantou Iaia Djaló, para quem o importante neste momento é desbloquear o país.
Aguarda-se agora que José Mário Vaz comunique a sua decisão sobre que saída propõe para a crise que afeta a Guiné-Bissau há mais de três meses.
Lusa com Conosaba
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