Bissau, 27 Mai 16 (ANG) – O Primeiro –ministro demissionário, Carlos Correia e os restantes membros do governo permanecem barricados desde quinta-feira no Palácio de Governo em protesto contra a nomeação de Baciro Dja para as funções do chefe de executivo.
Segundo a RDP-África, o protesto serve para solidarizar-se com o chefe de executivo demitido que igualmente encontra-se no seu gabinete de trabalho no Palácio do Governo.
Em declações à RDP-África, a ex. ministra da Saúde Pública Cadi Seidi disse que vão permanecer no Palácio de Governo até que o Presidente da República reconsidere a sua posição.
Cadi Seidi disse que a decisão de José Mário Vaz é ilegal e incostitucional.
“É o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que ganhou as eleições. É ao PAIGC que compete indigitar o Primeiro-ministro e convidar a quém quiser para fazer parte do governo. Aquilo que o chefe de Estado fez é um golpe de Estado e não vamos permitir o desmando na Guiné-Bissau”, criticou.
Perguntado se, caso vierem a ser obrigados a abandonar o Palácio do Governo, Cadi Seidi disse que vão responder de acordo com as suas capacidades de reacção, acrescentando que para além de serem antigos membros de governo são também cidadãos nacionais e têm direito de reivindicar para que haja a paz e estabilidade e sobretudo para que seja reposta a legalidade constitucional na Guiné-Bissau.
Em protesto, em jeito de solidariedade, também está o Presidente do Partido de Solidariedade e Trabalho Zecarias Baldé que tambem se encontra no Palácio de Governo em prostesto contra o Deceto Presidencial que nomeou Baciro Dja, Primeiro-ministro.
“Estou aqui para manifestar contra a decisão do Presidente da República e em defesa da Constitucição da República”, disse.
Zecarias Baldé garantiu que vai continuar ao lado do PAIGC por ser o Partido que ganhou as eleições legislativas de 2014.
Este é o quarto governo que a Guiné-Bissau vai ter num espaço de dois anos.
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