O PRS, principal partido da oposição na Guiné-Bissau, retomou hoje os assentos na Assembleia Nacional Popular (ANP) depois de mais de dois meses de ausência devido à divergências com a direção da instituição.
Segundo Inácio Correia, primeiro vice-presidente da ANP, os membros do Partido da Renovação Social (PRS) retomaram hoje os seus lugares na Comissão Permanente e "deram uma contribuição valiosa" nos trabalhos, notou.
"Felizmente tomaram parte depois do conflito. Reconsideram a sua posição, participaram e deram uma contribuição valiosa nos trabalhos", indicou Inácio Correia, referindo-se à presença dos seis deputados do PRS na reunião da Comissão Permanente.
O órgão, composto por 15 deputados, substitui os poderes da plenária da ANP durante as férias e intervalos das sessões.
Desde 18 de janeiro que vinha sendo convocada sem a presença dos elementos do PRS, que se posicionou contra a decisão de substituição de 15 deputados da bancada do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), no poder, considerados dissidentes.
Questionado sobre os 15 deputados do PAIGC, que entretanto intentaram uma ação judicial, exigindo a sua reintegração no Parlamento, Correia referiu que aqueles parlamentares foram substituídos pelo que não voltaram a ser deputados, disse.
"Os 15 deputados já foram substituídos. A Comissão Permanente decidiu pela sua substituição à luz do artigo 48.º do Regimento" da ANP, indicou.
A reunião da Comissão Permanente de hoje serviu para, entre outros assuntos, marcar a data para a próxima sessão plenária no Parlamento guineense: de 03 de maio a 14 de junho, na qual vai ser analisada a proposta do Governo para o Orçamento Geral de Estado (OGE).
Lusa/Conosaba
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