O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, viajou hoje para a Guiné Equatorial para uma vista de trabalho de 24 horas para "relançar a cooperação económica entre os dois países" com o petróleo no centro das discussões.
Petróleo, pesca e ligação marítima são temas que estarão sobre a mesa nos vários encontros previstos com as autoridades daquele país.
Relativamente ao petróleo, o chefe do executivo são-tomense vai avaliar com o Governo da Guiné Equatorial a proposta lançada pelo Presidente Obiang Nguema Basogo em meados de outubro do ano passado sobre a criação de uma empresa mista de exploração conjunta de um bloco de petróleo existente na zona de interposição entre os dois países.
"Como se devem recordar, na visita do Presidente Obiang aqui no nosso país, tínhamos abordado algumas questões específicas ligadas à cooperação económica no domínio do petróleo e das pescas e vamos fundamentalmente continuar a trabalhar nesses dois aspetos e ver se damos um passo nesse sentido", explicou Patrice Trovoada, em declarações aos jornalistas antes de viajar.
O primeiro-ministro são-tomense faz-se acompanhar pelos ministros das Infraestruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente, Carlos Vila Nova, e dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Manuel salvador dos Ramos, bem como pelo diretor da Agencia Nacional de Petróleos.
Embora o dossier petróleo ocupe o aspeto mais importante da agenda de trabalho do primeiro-ministro na capital guineense, Patrice Trovoada manifestou-se reticente com a cotação atual do preço do barril do crude no mercado internacional.
"Como toda a gente sabe, nós estamos numa conjuntura bastante particular no domínio do petróleo com o preço de barril muito baixo e tudo indica que esse preço vai se manter até 2020, daí a expectativa tem que estar dentro do quadro daquilo que é a realidade hoje", explicou Patrice Trovoada.
O primeiro-ministro sublinhou que vai aproveitar esta sua visita à Guiné Equatorial para abordar outras questões ligadas à cooperação entre os dois países, nomeadamente a política regional e "outros de interesse comum entre os dois países".
"A ligação marítima é também um ponto importante, aspetos ligados à integração e mesmo a questão da segurança marítima também serão vistas", disse.
Lusa/Conosaba
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