Bissau 21 jan 16 (ANG) - O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) alertou quarta-feira para uma tentativa de usurpação do poder pela força, na Assembleia Nacional Popular (ANP) que há já muito tempo vem sendo preparado e que agora está em execução por “mãos obscuras”.
Por ocasião da comemoração do dia 20 de janeiro, uma efeméride sobre o assassinato do fundador do PAIGC, Amílcar Lopes Cabral, Domingos Simões Pereira disse que esta usurpação do poder na ANP conta com o apoio de forças politicas que, descrentes da sua capacidade em convencer o povo recorrem de tais expedientes para acederem ao poder.
O presidente dos libertadores afirmou que a situação política em ocorrência na ANP constitui-se de um sequestro da Assembleia Nacional Popular por parte dos quinze “ex-deputados da nação expulsos desta formação política e que, sob forte proteção de homens armados dissimulados em civis se têm recusado a abandonar o hemiciclo .
“No calar da noite, já sem a presença dos verdadeiros representantes do povo eleitos na lista do PAIGC, esses ex-deputados se juntaram a outros grupos parlamentares para presumivelmente deliberarem e mesmo legislarem, para sustentarem o que pretendem que seja uma nova maioria e tentando forjar um nova solução governativa”, acusou.
O líder do PAIGC, partido maioritário na ANP, exortou a todos os militantes e simpatizantes do partido e a população guineense em geral no sentido de se mobilizarem em defesa das conquista revolucionarias a se erguerem, enquanto é tempo, contra todas as formas de tirania e ditadura que são ameaças que pendem sobre a Guiné-Bissau.
“Hoje, infelizmente, para todos nós, nem o medo e muito menos o comodismo das nossas casas nos salvará. Se não lutarmos pela observância e respeito dos valores que sustentam o Estado de Direito.
Democrático em que todos os titulares dos órgãos da soberania respeitam, cumprem e fazem cumprir as leis e os princípios e regras da sã convivência democrática, estaremos a entregar de forma gratuita aquilo porque lutaram e morreram os heróis que dizemos honrar”, apelou.
Considerou de uma tremenda falta de coragem e de patriotismo hipotecar as conquistas que o país tem teito ao longo do tempo, sucumbindo à vontade de uma dúzia de indivíduos que procuram a todo o custo assumir o controlo absoluto do país para assim apagarem os traços da sua conduta criminosa do passado e perpetuarem a sua voraz sagacidade.
Segundo Domingos Simões Pereira, apesar das enormes dificuldades e do clima de tensão permanente por que o país tem passado nos últimos tempos, os órgãos competentes do partido têm sabido se erguer à altura das suas responsabilidades tomando as medidas que se impõem para a defesa da disciplina interna e coesão do partido.
Disse que é chegada a hora de todos os militantes e simpatizantes do partido responderem ao chamamento para a defesa do PAIGC e da Guiné-Bissau.
O líder do PAIGC afirmou que tem que ser criadas condições para o retorno ao quadro da estabilidade geral e governativa conhecida no início da legislatura e que permitiu angariar tanta adesão interna como a credibilidade e apoios internacionais.
“Só desta forma estaremos a render uma verdadeira homenagem aos nossos heróis e mártires da liberdade e independência. Só assim estaremos a defender as conquistas da nossa luta e a assegurar o futuro das gerações vindouras”, garantiu o líder do partido de Amílcar Cabral.
Na sua breve e improvisada mensagem alusivo a data, a Secretaria do Departamento dos Combatentes da Liberdade da Pátria e dos Assuntos Sociais, Francisca Pereira pediu aos políticos no sentido de baixarem as tensões para o bem do povo guineense e dos seus heróis que tombaram durante a luta armada contra o regime colonial.
O programa do secretariado nacional do PAIGC, para as comemorações desta efeméride, foi preenchido pela concentração de militantes e convidados na sede do PAIGC ao mesmo tempo igual feito foi conseguido na rotunda do aeroporto Internacional Osvaldo Vieira junto à estátua de Amílcar Cabral.
No entanto, os dirigentes do partido e membros do governo depositaram coroas de flores no Mausoléu Amílcar Cabra e nas sepulturas de outros combatentes da liberdade da pátria no recinto do quartel de Amura e no cemitério municipal.
O presidente da Republica, José Mário Vaz , por seu lado, homenageou aos heróis nacionais com a deposição de coroa de flores no Mausoléu Amílcar Cabral.
O 20 de Janeiro, dia dos heróis nacionais, é a data de assassinato de Amílcar Cabral, fundador das nacionalidades guineenses e caboverdianos ,na vizinha Republica da Guiné-conacry, em 1973.
ANG/FIG/SG\\Conosaba
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