Bissau, 21 dez 15 (ANG) – As Forças Armadas guineenses perspectivam uma recolha de 150 toneladas de arroz no quadro da campanha agrícola deste ano, nas suas bolanhas de Fá-Mandinga, Bricama e Bidinga Na Nhassé.
Na cerimônia de início de colheitas no campo de cultivo de Fá-Mandinga, o chefe de gabinete do Secretário de Estado de Plano e Integração Regional, disse que a confirmar-se essa previsão tal facto faria diminuir as despesas do governo relativamente aos militares.
Augusto Gomes reconheceu o esforço dos militares com os trabalhos realizados nos referidos campos agrícolas o que, para si, vai ao encontro à vontade política das autoridades da Guiné-Bissau .
Aquele responsável revelou que, no início deste projecto, previa-se um investimento de 43 milhões de francos CFA, mas devido às dificuldades que o país vem enfrentando só foram desbloqueados seis milhões de francos cfa.
Augusto Gomes disse estar previsto a concepção de um apoio de cerca de três milhões de francos CFA para os trabalhos de corte e descasque do arroz.
Gomes assegurou que vai haver mais apoios do governo através de programas dirigidos à produção de autossuficiência nos campos de cultivo de arroz.
“No Orçamento Geral de Estado para 2016 será contemplado este aspecto financeiro ao projecto de campo de produção militar com vista a garantir um ambiente de paz e harmonia nos quarteis”, garantiu o representante do governo na cerimonia.
Segundo o Chefe da Divisão de Produção Militar, o trabalho de agricultura militar corresponde à expectativa do Presidente da República que lançou um desafio à todos os guineenses no sentido de trabalharem para a autossuficiência alimentar no país através do projecto “Mon na Lama”.
Lassana Indami solicitou ao governo para colocar mais materiais de cultivo à disposição dos militares para que possam aliviar as despesas do próprio Estado em termos de importação de arroz para o país.
“Devido a falta de materiais perdemos a plantação ao nível do campo de Bidinga Na Nhassé, que dispõe de maior espaço, devido ao aumento da agua nas bolanhas”, lamentou.
Por sua vez, o Diretor Geral do Departamento de Produção das Forças Armadas contou que durante todo o trabalho só tiveram duas maquinas de descasques a disposição do projecto.
Manuel da Costa pediu ao governo para que financie o projecto “Batalha de Cómo” através do qual será possível sanear todos os problemas de produção de arroz nas forças armadas.
No entanto disse que dos nove milhões e quatrocentos francos cfa investidos ao longo do projecto, seis milhões cobriram os trabalhos da lavoura e os restantes 3 milhões e quatrocentos garantirão a colheita de arroz.
O fim dos trabalhos de colheita nos referidos campos agrícolas está previsto para março próximo.
ANG/FGS/SG\\Conosaba
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