Bissau, 19 Nov 15 (ANG) – Trinta e três por cento da população da zona rural guineense prática defecação ao ar livre, segundo dados revelados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Em nota à imprensa alusivo ao dia mundial da latrina que este ano se comemora sob o lema “Não Podemos Esperar”, o UNICEF. explica que para assinalar o efeméride e chamar atenção para o problema, o Governo da Guiné-Bissau, em colaboração com a UNICEF e demais organizações que intervêm na área de higiene e saneamento, organizaram uma cerimónia central alusiva à data na localidade de Ponta Brandão, no sector de Quinhamel, Região de Biombo.
De acordo com o comunicado, a região de Biombo apresenta um dos piores indicadores em matéria de defecação ao ar livre (42 por cento – MICS 2014), sendo somente ultrapassado pela região de Bolama – Bijagós com 44 por cento.
“Há que reconhecer progressos significativos registados no país nos últimos 5 anos, com a introdução no país do chamado “Saneamento Total Liderado pelas Comunidades”, abordagem através da qual, a própria comunidade identifica e avalia os seus comportamentos, conhecimentos, atitudes e práticas nefastas ligadas à higiene e saneamento”, refere a nota.
O documento mostra que o trabalho feito pelo UNICEF em colaboração com os parceiros motiva as populações a procederem a construção, melhoria e utilização correta de latrinas, sem participação financeira exterior ou de outra natureza.
Assim, até agora, foram declaradas mais de 250 comunidades livres da defecação ao ar livre e que devido a situação, cerca de 50 mil pessoas fazem as suas necessidades fisiológicas com dignidade e privacidade.
O mesmo documento sublinha que o referido número deve crescer significativamente no primeiro semestre de 2016, com a implementação de mais um projeto de uma ONG inglesa, com o financiamento do UNICEF.
“O evento é celebrado num contexto mundial em que 2,6 bilhões de pessoas no mundo ainda não dispõem de serviços básicos e elementares de saneamento, como casas de banho ou latrinas, e somente 68 por cento da população mundial utiliza uma instalação sanitária melhorada”, refere o documento.
ANG/AALS/SG\\Conosaba
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