Bissau, 27 Out 15 (ANG) - O Presidente da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau prometeu esta segunda feira trabalhar em parceria com o Sindicato do sector Sinjotecs para juntos organizarem a classe.
António Nhaga que falava em exclusivo à Agência de Notícias da Guiné (ANG) explica que a Ordem surgiu apenas para definir a classe e não tem nada a ver com aspectos laborais.
“A Ordem dos Jornalistas não existe para provocar a divergência no seio da classe, mas sim como um complemento às actividades do Sindicato, para em conjunto resolverem os diversos problemas que a classe enfrenta e que a Ordem sozinha não será capaz de resolver, assim como o sindicato”, reconheceu.
De acordo com António Nhaga, é por isso que é útil a existência das duas organizações.
“Se repararmos, se fala tanto sobre a necessidade de organizar a classe. Eu costumo dizer que na Guiné-Bissau só uma pessoa muda que não é jornalista e isto não pode ser, pois no mundo não há uma profissão aberta a todos sem critérios de entrada. Assim deve ser em relação ao jornalismo na Guiné-Bissau”, defendeu António Nhaga.
Aquele responsável criticou o facto de a maioria dos assessores de imprensa terem vindo das campanhas eleitorais por serem conhecidos dos políticos e governantes, explicando que a função de assessoria não se limita em levar a carta ou contactar os jornalistas para uma determinada cobertura.
“Assessor de imprensa, é uma pessoa responsável pela comunicação das políticas públicas da instituição à qual assessoria, razão pela qual tem que haver regras não só para assessoria, bem como para ser jornalista”, disse.
António Nhaga afirmou que toda a gente sabe que quando uma pessoa faz o curso do jornalismo ainda não é jornalista, para ser jornalista ela tem que fazer um estágio obrigatório.
“Mesmo que o interessado tenha outro curso, mas para ser jornalista a pessoa tem que fazer estágio num determinado órgão de comunicação social. Se estamos a dizer isto significa que a Ordem terá a responsabilidade de passar a Carteira Profissional”, afirmou.
Disse que é preciso acabar com as pessoas que utilizam o jornalismo para fazerem outros cursos.
Sustentou que há muita gente, considerados jornalistas, e que distorcem a profissão e depois fazem outros cursos.
“De facto há pessoas que entram no jornalismo só para ganhar o dinheiro com intuito de fazerem formações em outras áreas por isso tem que haver critérios”, frisou.
Interrogado sobre as condições para ser membro da Ordem dos Jornalistas o seu Presidente respondeu que não há nenhuma barreira, acrescentando que o interessado tem de ser pelo menos o estudante da comunicação social numa Universidade, Instituto Politécnico ou estagiários.
Quanto ao relacionamento das duas organizações do sector da comunicação nacional António Nhaga disse que as duas irão ter uma boa relação, porque a Ordem está a defender a qualidade do trabalho mas para tal é preciso ter um salário que garante essa qualidade e que isto é da exclusiva competência do Sindicato.
Por outro lado informou que o livro de estilo é um instrumento fundamental de técnicas deontológicas e profissional que se inspira sobretudo no aspecto do bom senso e no rigor do jornalismo e é necessário que cada órgão pensa no seu próprio livro de estilo por ser um documento que orienta o jornalista.
Duas organizações representam a classe jornalística no pais: o Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social e a Ordem dos Jornalistas , integrada maioritariamente por profissionais recentemente saídos das Universidades de Bissau.
ANG/LPG/SG/conosaba
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