Moçambique e Guiné-Bissau pretendem cooperar no sector do caju, informou o jornal Notícias, de Maputo, citando fontes de ambos os países que participaram Conferência Internacional do Caju que decorreu na capital moçambicana.
O jornal escreveu ainda que representantes dos dois países já iniciaram contactos e que a Guiné-Bissau, o segundo maior produtor da castanha de caju em África com uma média de 200 mil toneladas/ano, pretende obter informações sobre a experiência de Moçambique no domínio da industrialização do caju.
Por seu turno, Moçambique, quarto maior produtor africano do caju e um dos líderes na industrialização e processamento da castanha no continente, pretende aperfeiçoar conhecimentos no domínio da produção.
África produz metade da castanha comercializada em todo o mundo, estimada em três milhões de toneladas, mas apenas processa 10% dessa produção, tendo Filomena Maiopué, directora do Instituto de Fomento do Caju (Incaju) de Moçambique, defendido um aumento do processamento nos países produtores “a fim de garantir os postos de trabalho e o rendimento de que as populações tanto precisam.”
A directora do Incaju afirmou no decurso da conferência que Moçambique pretende produzir cerca de 100 mil toneladas na campanha 2014/2015, mais 20 mil toneladas do que na anterior campanha, mas cerca de metade do que o país produzia na década de 70 do século passado, em que era o maior produtor mundial com 200 mil toneladas.
Moçambique encontra-se actualmente em quarto lugar na lista dos maiores produtores de castanha de caju em África, uma lista que é encabeçada pela Costa do Marfim, a que se seguem em segundo lugar a Guiné-Bissau e em terceiro a Tanzânia.
A Conferência Internacional do Caju é o maior fórum mundial do produto, ligando a investigação com a produção e o mercado, colocando em debate questões relacionadas com o negócio como o comércio ético e a produção orgânica.
Macauhub/GW/MZ/Conosaba
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