Representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, insiste no diálogo para solucionar a crise.
O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, Miguel Trovoada, considerou esta quinta-feira que a situação de impasse no país “não se deve prolongar”, insistindo no diálogo para solucionar a crise.
“Neste momento (a situação) está a conhecer um compasso de espera que começa a ser preocupante na medida em que o primeiro-ministro nomeado não conseguiu ainda formar um elenco governamental e acho que esta situação não se deve prolongar”, disse Trovoada aos jornalistas, no final de um encontro com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, em Lisboa.
“Acho e foi o sentimento que colhi da comunidade internacional que é altura talvez de reatar o diálogo a ver se com base num consenso se pode chegar a uma plataforma de entendimento para viabilizar um Governo, as instituições e o país”, adiantou.
A Guiné-Bissau atravessa uma crise política após o Presidente, José Mário Vaz, ter demitido o Governo a 12 de agosto e ter designado como primeiro-ministro, no dia 20, Baciro Djá, vice-presidente do PAIGC.
Miguel Trovoada passou por Lisboa depois de apresentar o primeiro relatório como representante da ONU para a Guiné-Bissau ao Conselho de Segurança.
“Estou a vir do Conselho de Segurança. Há aspetos que entendi serem úteis partilhar com a senhora presidente (do parlamento português) e foi o que fiz”, disse.
Segue para Bissau na sexta-feira para “retomar o diálogo com os principais dirigentes do país” com o objetivo de se encontrar “uma saída”, adiantou.
O antigo presidente de São Tomé e Príncipe esteve reunido antes com o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o chefe da diplomacia, Rui Machete.
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