segunda-feira, 24 de agosto de 2015

NOVO PRIMEIRO-MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU EXONERA DIRECTORES DA RÁDIO E TELEVISÃO PÚBLICAS



Os dois directores, Muniro Conte e Paula Melo, foram demitidos e substituídos por Califa Soares Cassamá e Eusébio Nunes, indicou o decreto assinado pelo primeiro-ministro Djá, nomeado a 20 de Agosto de 2015 pelo presidente guineense, José Mário Vaz.

O novo chefe do governo bissau-guineense acusa os dois responsáveis desses órgãos da comunicação social de "um tratamento parcial da crise política", durante a dissolução a 12 de Agosto, que estava em funções há 14 meses.

No entanto, pelo decreto publicado nesta segunda-feira, o primeiro-ministro “proibiu” igualmente a retransmissão dos debates da Assembleia Nacional.

Um total de 83 deputados sobre 102 estavam presentes no início desta reunião convocada, embora os parlamentares estejam de férias.

A Assembleia Nacional "condenou com veemência" nesta segunda-feira a demissão do governo pelo presidente Vaz que desembocou numa "crise de confiança no seio do Estado", considerando-a de inconstitucional. 

O Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) tinha obtido a maioria em 2014 nas eleições parlamentares com 57 deputados sobre os 102 que compõem o parlamento, essas funções deveriam ser assumidos pelo seu presidente Domingos Pereira, sublinham os analistas responsáveis políticos.

portalangop

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Baciro Djá, afastou hoje os diretores da rádio e televisão do Estado por estes não se terem adequado a novas orientações, refere em despacho.

«Tendo em conta a necessidade de imprimir novas orientações aos órgãos públicos de comunicação e tendo em consideração que os atuais responsáveis não se adequaram às orientações emitidas (...), não se apresentam em condições de liderar esta nova fase», escreve-se no despacho assinado por Baciro Djá.

Entre as orientações, está uma indicação expressa de que a Rádio Difusão Nacional (RDN) e a Televisão da Guiné-Bissau (TGB) devem servir para «serenar os ânimos».

Baciro Djá criticou transmissão de debates no Parlamento, por “não respeitaram” orientações “para manter um clima de paz”.


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