Bissau – O ministro da Economia e das Finanças anunciou que, nos próximos três meses, o Governo vai lançar um concurso público sobre o projecto de construção da Barragem de Kaletá, na vizinha República da Guiné-Conacri, para a Guiné-Bissau.
«Temos alguns pequenos procedimentos que é necessários agora completar, de modo a que o projecto possa entrar em vigor, mas provavelmente nos próximos três meses os fundos poderão já começar a estar disponíveis, sendo que vamos fazer concurso público para recrutamento da empresa que vai efectuar os trabalhos de construção desta empresa da rede de distribuição de luz eléctrica», disse Geraldo Martins.
Em declarações à PNN no âmbito da sua recente deslocação a África, Europa e América do Norte, sendo que neste último local assistiu à cerimónia de assinatura do acordo de financiamento entre o Executivo e o Banco Mundial, no valor de 78 milhões de dólares (cerca de 69 milhões de euros), no quadro do projecto da Organização para o aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia (OMVG), Geraldo Martins sublinhou que no período previsto pode ser conhecida a empresa vencedora do concurso para o início das obras desta construção até à Guiné-Bissau.
O encontro serviu ainda para o governante informar que a Guiné-Bissau, no âmbito da OMVG tem sua quota nesta barragem, mas no entanto não tinha na distribuição de luz eléctrica, cujos valores assinados vão financiar a construção de uma linha de distribuição, com uma capacidade de 30 megawatt de energia na Barragem de Kaletá, a partir da vizinha República da Guiné-Conacri para a Guiné-Bissau.
Em termos de itinerário, Geraldo Martins explicou que esta rede vai passar por Bambadinca, na região de Bafatá, leste do país, Jugudul, sector de Mansoa, no norte, Safim, sector com o mesmo nome na região de Biombo, norte do país, até chegar à capital, Bissau.
Em Moçambique, durante a reunião do Banco Islâmico de Desenvolvimento, o chefe máximo da pasta das Finanças da Guiné-Bissau falou em nome dos ministros africanos das finanças, tendo agradecido o apoio desta instituição aos países africanos, bem como também a disponibilidade dos países africanos em continuar a cooperação com esta instituição financeira.
Por outro lado, Geraldo Martins informou que, após o Ramadão, uma delegação do Banco Islâmico de Desenvolvimento vai deslocar-se à Guiné-Bissau para identificar as áreas de financiamento, e uma delegação do Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico de África, chefiada pelo Presidente, vai informar-se das áreas em que será aplicado o valor de 20 milhões de dólares (cerca de 17 milhões de euros), anunciados aquando da mesa redonda de Bruxelas.
Em Portugal, concretamente em Braga, o ministro das Finanças manteve um encontro com as empresas desta região sobre as oportunidades de negócio na Guiné-Bissau.
Sobre a questão do Fundo de Consolidação da Paz para a Guiné-Bissau, Geraldo Martins lembrou que as Nações Unidas anunciaram em Bruxelas a possibilidade de disponibilizarem, a favor da Guiné-Bissau, 10 milhões de dólares (cerca de 9 milhões de euros), mas o Governo guineense alterou este valor para 15 milhões de dólares (cerca de 13 milhões de euros), estando agora em estudo a modalidade do seu desbloqueamento, que pode ser o valor global desbloqueado pela ONU ou a organização pode avançar 10 milhões de dólares iniciais, sendo os restantes 5 milhões de dólares (cerca de 4 milhões de euros) avançados pelo Governo da Guiné-Bissau.
(c) PNN Portuguese News Network
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