Bissau, 22 Jun 15 (ANG) –O atraso das precipitações que se regista poderá condicionar fortemente o sucesso da presente campanha agrícola na região de Biombo, disse a ANG o delegado regional da Agricultura, Sedja de Carvalho.
Para contornar as dificuldades que decorrem da falta de chuva, Sedja de Carvalho disse estar a aconselhar os agricultores a se optarem pela produção de ciclo curto, usando para tal sementes conhecidas de 'precoce', enquanto se aguardam pelas chuvas.
De acordo com o Delegado Regional da Agricultura as sementes não podem germinar, pois o terreno se encontra muito árido devido a falta de chuva e de altas temperaturas que se fazem sentir.
”A expectativa em relação a queda das chuvas é muito grande entre os camponeses”, explicou o delegado que relaciona a situação às mudanças climáticas que se fazem sentir devido a certas práticas humanas contra a natureza em todo o território nacional.
Entretanto, explicou que pelo facto da agricultura que se pratica na região ser de mangrove a região não beneficiou de tractores adquiridos e distribuídos pelo governo aos camponeses em todas as regiões com a excepção das de Biombo e Bolama/Bijagós.
Os agricultores de Biombo, segundo Sedja de Carvalho, poderão beneficiar de motocultivadores que o executivo diligencia para por a disposição dos camponeses locais ainda no decurso desta campanha agrícola.
Além do caju, Biombo produz grande quantidade de arroz de mangrove e em pequena escala o de bafon e ainda a mancarra, o milho entre outros, que geralmente servem para abastecer a população local e o excedente é vendido no mercado tradicional conhecido por 'Lumo'.
O delegado regional mostrou-se satisfeito pela forma como os agricultores de Biombo acolheram a exortação feita pelo Presidente da Republica sobre 'Mon na Lama, ou seja, que todos produzam.
Alias, José Mário Vaz, de acordo com Sedja de Carvalho, teria disponibilizado um montante, que não especificou, e que servira para financiar o fecho de uma bolanha na localidade de Kupul em Maio findo, cujos trabalhos a população aderiu em massa.
Por seu lado, o governo através do Projecto de Emergência da Segurança alimenta (PEASA), concluiu dia 20 a distribuição de arroz, óleo alimentar e outros produtos aos agricultores em todo o pais de forma a incentiva-los para o trabalho de reabilitação de bolanhas.
A concluir, Carvalho referiu que a campanha de castanha de caju decorreu bem devido ao preço de compra junto ao produtor que o produto atingiu, 650 francos cfa/quilo, mas lamentou o facto de os camponeses de Biombo terem registado apenas uma única colheita este ano, ao contrario dos anteriores em que o caju produziu duas vezes.
Apela a população de Biombo a empenhar-se na agricultura para atingir a autossuficiência alimentar, diversificando a produção.
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