Bissau, 02 Abr 15 (ANG) - O Presidente da Assembleia-geral da Câmara de Comércio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS) disse que congratula-se com a decisão do Governo de mandar efectuar uma auditoria sobre a utilização do Fundo de Promoção à Industrialização de Produtos Agrícolas (FUMPI).
Em declarações à imprensa, Armando Correia Dias disse que a Direcção da CCIAS está disposta a colaborar no apuramento das contas do referido fundo, para melhor esclarecimento de sua gestão.
Segundo Correia Dias, o fundo em causa é gerido pelos Ministérios da Economia e Finanças e do Comércio e Artesanato, com o aval da Câmara de Comércio.
O Presidente da Assembleia-geral da CCIAS disse que em 2013, o governo de transição levou emprestado deste fundo mais de sete biliões de francos CFA para o pagamento de salário na Função Pública, e acrescentou que no inicio das suas funções, o actual executivo liderado por Domingos Simões Pereira teria contraído também uma divida no valor de mais de 4 biliões de francos CFA.
Instado a pronunciar sobre a realização da Assembleia-geral da CCIAS marcada para 04 de Abril do ano em curso, Armando Correia Dias exortou aos sócios no sentido de regularizarem as suas quotas com vista a legalizarem a participarem no evento.
Questionado sobre a não realização de nenhuma assembleia-geral pela direcção cessante, que segundo o estatuto devia reunir-se duas vezes por ano, o Presidente da Assembleia-geral da CCIAS respondeu que isto tem a ver com a inexistência de um motivo que justifique a sua realização, assim como da falta de número suficiente de sócios que possam solicitar a convocação de uma assembleia-geral.
“Os estatutos da CCIAS determinam que 51 sócios com quotas em dia podem solicitar a realização da assembleia-geral extraordinária para prestação de contas, mas isso poderá funcionar se estiver a maioria dos requerentes”, explicou.
Quanto à redução da quota solicitada por alguns sócios explicou que a quantia de 20,15 e 10 mil francos CFA foi fixada numa assembleia-geral em que o falecido Sané era vice-presidente da CCIAS, e que a sua diminuição é da exclusiva competência da assembleia-geral, não do seu presidente nem tão pouco da direcção.
Armando Correia Dias disse que os problemas da CCIAS devem ser debatidos nos seus órgãos sociais, não na comunicação social como tem vindo a acontecer, e numa altura em que foram reunidas todas as condições para a realização da assembleia-geral para prestação de contas.
O presidente da assembleia-geral desta organização informa que os sócios com quota em atraso podem ainda regularizar as suas situações até sexta-feira dia 3, para poderem participar na reunião magna da CCIAS, e levantarem todas as questões que acharem pertinente “em vez de estarem a falar nos órgãos da comunicação social”.
Em relação ao pagamento da dívida interna criticada por alguns sócios , Armando Correia Dias disse que a referida dívida foi pago na base de uma lista fornecida pelo Ministério das Finanças.
Quanto a alegada distribuição indevida de cartões de sócios, o Presidente rejeitou estas informações tal como da sua renovação.
Actualmente a CCIAS conta com cerca de 3 mil sócios mas apenas 500 dos quais reúnem condições ou seja têm as quotas em dia, para participar na assembleia-geral.
A CCIAS enfrenta actualmente um período de turbulência devido a aproximação de mais uma eleição de nova direcçäo.
Nos últimos dias têm aparecido muitas criticas contra a actual direccäo chefiada por Braima Camará, que tenta o seu segundo mandato numa corrida contra pelo menos dois outros candidatos já declarados.
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