BANDEIRAS DOS PALOP
Roma - Uma Conferência Internacional, para assinalar o 40.º aniversário das independências das antigas colónias portuguesas em África, tem início quinta-feira, em Roma.
A conferência é promovida por várias instituições próximas do Vaticano e pretende assinalar também a audiência que o papa Paulo VI concedeu, a 01 de Julho de 1970, aos líderes dos então Movimentos de Libertação dos Países Africanos de Língua Portuguesa.
Nesse encontro, Paulo VI recebeu uma delegação de nacionalistas africanos integrada por Agostinho Neto, do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Amílcar Cabral, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Marcelino dos Santos, da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
O histórico encontro decorreu na vigília da Conferência Internacional de Solidariedade e abriu as portas para a conquista efetiva das independências das antigas colónias portuguesas em África.
O ex-presidente de Cabo Verde e antigo líder do PAICV, Pedro Pires, é um dos convidados a participar como orador na Conferência, um dos "mais destacados discípulos" de Amílcar Cabral, segundo se lê numa nota da organização.
Pedro Pires é um dos 17 oradores internacionais que vão animar o painel "A Herança do Papa Paulo VI para a Igreja em África - 50 Anos Após o Concílio Vaticano II e 50 Anos Depois da Conquista das Independências dos Países Africanos - Balanço e Perspetivas".
Outro tema a desenvolver pelos conferencistas tem a ver com "Os Países Africanos da Língua Oficial Portuguesa - Entre a Memória e o Futuro".
"Queremos através desta Conferência Internacional prestar uma homenagem à memória do Beato Papa Paulo VI, evidenciando quanto, através do seu profético magistério em tempos tão difíceis da história da humanidade, a Igreja Católica foi capaz de realizar para a causa do continente africano e dos seus povos, e de modo particular para os PALOP", lê-se ainda na nota da organização.
"Vamos interrogar-nos ainda sobre as possibilidades para uma nova releitura dos seus ensinamentos e criatividade pastoral no sentido de constituir uma plataforma importante para uma nova colaboração entre a Igreja Católica e os Estados africanos no novo processo de Renascimento do continente negro", acrescenta-se.
portalangop.
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