Abuja - A oposição nigeriana advertiu hoje (segunda-feira), em Abuja, que um adiamento das eleições presidenciais e legislativas de 14 de Fevereiro constituiria "uma vitória" para o grupo islamita armado Boko Haram, apelando ao governo a respeitar o calendário eleitoral apesar da violência, noticiou a AFP.
O Partido democrático do povo (PDP, no poder) não se declarou abertamente à favor de um eventual adiamento, mas o conselheiro para a segurança do presidente Goodluck Jonathan, Sambo Dasuki, confirmou isso mesmo à semana passada.
O nordeste da Nigéria, bastião de Boko Haram, conheceu nos últimos dias uma escalada de violência.
Os islamitas lançaram durante o final de semana um ataque - ripostado pelo exército - sobre Maiduguri, a capital do Estado de Borno, e apoderam-se da vila de Monguno e da sua base militar, próximos do lago Tchad.
A posição do presidente Jonathan, candidato à sua própria sucessão no próximo mês, sobre um eventual adiamento das eleições ainda não foi desvendada.
Num comunicado publicado no termo de um encontro com o secretário de Estado americano John Kerry, em visita à Nigéria domingo, o presidente nigeriano assegurou que a data de 29 de Maio para a investidura do presidente eleito era "sagrada", mas não se pronunciou sobre o 14 de Fevereiro como dia do escrutínio.
O porta-voz da comissão eleitoral reafirmou hoje (segunda-feira), que a sua instituição tem a firme intenção de organizar o escrutínio a 14 de Fevereiro como previsto.
O duelo presidencial entre o presidente Jonathan (do PDP, 57 anos, e o antigo general Muhammadu Buhari (do APC), 72 anos, candidato pela quarta vez, anuncia-se como o mais cerrado desde o retorno à democracia na Nigéria em 1999.
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