Os presidentes das câmaras municipais da Cidade da Praia e de Bissau manifestaram hoje "todo o interesse" em retomar a cooperação bilateral e no quadro dos projetos da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).
Ulisses Correia e Silva, da Cidade da Praia, e Adriano Ferreira, de Bissau, recordaram que entre as duas cidades "existiu e existe" um conjunto de "boas relações" no que respeita à cooperação bilateral, estando desde março de 2011 ligadas por um acordo de geminação.
"Tivemos um projeto comum financiado pela União Europeia (UE) ligado à componente de água na Cidade da Praia e outro de saneamento em Bissau, o que demonstra que é possível que cidades do 'sul' tenham projetos de grande alcance", afirmou Correia e Silva.
Segundo o também líder do Movimento para a Democracia (MpD, oposição cabo-verdiana), existe um "vasto campo" de exploração na troca de experiências, assistência técnica mútua e na área cultural
No quadro da UCCLA, acrescentou Correia e Silva, existe um conjunto de áreas que podem ser "potenciadas" para que Bissau "ganhe a modernidade" que almeja e consiga organizar-se, "fator principal" para o desenvolvimento.
Integrado na delegação que acompanha o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, numa visita oficial de três dias a Cabo Verde, Adriano Ferreira salientou que, a partir de agora, há um "campo de ação" que pode ser explorado entre as duas cidades.
"Vamos intensificar os contactos e ampliar as nossas relações em outros patamares com a edilidade da Cidade da Praia, com quem temos muita a aprender. Necessitamos desses ensinamentos para ir ao encontro das exigências dos nossos munícipes", admitiu Adriano Ferreira.
Questionado sobre se Bissau está a mudar, Adriano Ferreira disse que tudo está a fazer para a reconciliação com os munícipes, adiantando que está em curso uma "tentativa para inverter o rumo das coisas".
Em março de 2011, durante uma visita de Correia e Silva à Guiné-Bissau, a câmara da Cidade da Praia assinou dois acordos de geminação, um com a edilidade de Bissau e outro com a de Gabu (200 quilómetros a leste da capital guineense), acordos que ficaram suspensos após o golpe de Estado de abril de 2012 na Guiné-Bissau.
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