domingo, 28 de dezembro de 2014

TURCO QUE DEU TIRO NO JOÃO PAULO II HÁ 33 ANOS FOI DEIXAR ROSAS BRANCAS NO TÚMULO DO FALECIDO





Mehmet Ali Agca fez saber que gostaria de reunir-se com o atual líder da Igreja Católica.

"Ele depositou flores no túmulo de João Paulo II. Acho que é suficiente", declarou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, questionado sobre se havia alguma hipótese de o turco de 56 anos visitar o Papa Francisco. Agca telefonou para o jornal italiano 'La Repubblica' a anunciar a sua presença no Vaticano, naquela que é a sua primeira visita ao local, desde 1981.

A visita de Agca ao túmulo do papa que tentou matar a tiro há 33 anos foi confirmada à Reuters pelo padre Ciro Benedettini, o porta-voz adjunto do Vaticano, que disse que Agca ficou em silêncio alguns minutos junto ao túmulo, depositando depois sobre o mesmo dois ramos de rosas brancas.

Agca, que pertencia ao grupo de extrema-direita Lobos Cinzentos, foi perdoado por João Paulo II, que o visitou, em 1983, na cadeia em Roma. Em 2000 foi perdoado por Itália e extraditado para a Turquia, onde ficou detido por causa da morte de um jornalista e outros crimes. Foi solto em 2010.Frequentemente surgem sugestões de que sofrerá de perturbações mentais. Após a sua libertação fez saber, através de um advogado, que pedira ao governo português para visitar Fátima durante a visita do papa Bento XVI a 13 de maio de 2010. E que gostaria também de pedir para ter nacionalidade portuguesa. Nem uma coisa nem outra acabaria por acontecer.

As verdadeiras razões por detrás da tentativa de assassinato o papa João Paulo II por Mehmet Ali Agca ainda estão até hoje por determinar. Este confessou mais tarde acreditar que foi a Nossa Senhora de Fátima que o ajudou a lutar para sobreviver. "Eu poderia esquecer que o evento [tentativa de assassinato por Ali Agca] na Praça de São Pedro teve lugar no dia e na hora em que a primeira aparição da Mãe de Cristo aos pastorinhos estava sendo lembrada por 60 anos em Fátima, Portugal? Mas em tudo o que aconteceu comigo naquele mesmo dia, senti que a proteção extraordinária maternal e cuidadosa, acabou por ser mais forte do que a bala mortal", diria mais tarde o papa João Paulo II, que só morreu em 2005 aos 84 anos.

dn





Sem comentários:

Enviar um comentário