Líder do regime assinou decreto que proíbe pais de darem aos filhos o seu nome. Quem já se chame Kim Jong-un também vai ter de mudar de nome.
Por decreto do governo, a partir de hoje mais nenhum rapaz nascido na Coreia do Norte poderá ter o nome do líder, Kim Jong-un. Os pais que já tenham dado esse nome aos seus filhos são "convidados" a escolherem um diferente e a alterarem-no voluntariamente, diz o jornal britânico Telegraph, citando a agência de notícias coreana, Yonhap News.
Para já, não há indicação de que possam estar previstas sanções para os pais que se recusem a mudar o nome dos filhos, ainda que seja pouco provável que alguém se recuse a acatar a ordem do governo. O regime pretende assim fomentar o culto da personalidade em torno do "querido líder", título herdado e assumido por Kim Jong-un .
A ordem de proibição do governo aplica-se não só ao nome do atual líder como também aos dos familiares que o antecederam, Kim Jong-il, seu pai, e Kim Il-sung, o avô. Com esta estratégia, Kim Jong-un procurará consolidar o seu controlo e reafirmar o poder e a legitimidade da única dinastia política comunista na história.
O seu avô, Kim Il-sung, que morreu em 1994, ainda é hoje considerado o "fundador da nação" norte-coreana. O neto estará a tentar seguir as suas pisadas: há mesmo quem afirme que Kim Jon-un, que estudou num colégio privado na Suíça, se submeteu a uma cirurgia plástica para ficar mais parecido com o avô.
No espaço de poucas semanas, este é o segundo decreto pessoalmente imposto por Kim jong-un: além de banir todos os nomes iguais ao seu, proibiu os oficiais da Coreia do Norte de fumarem marcas de cigarros estrangeiras, argumentando que os cigarros norte-coreanos são de qualidade e que preteri-los é sinal de falta de patriotismo.
dn
Sem comentários:
Enviar um comentário