Domingos Simões Pereira esclarece que motivo da saída de Botche Candé "não foi pessoal", mas prerrogativa do PR. Substituto conhecido nos próximos dias.
O primeiro-ministro guineense lamenta a saída de Botche Candé do cargo de ministro da Administração Interna.
Domingos Simões Pereira reuniu-se esta quarta-feira com o Presidente da República José Mário Vaz, a quem fez um ponto de situação sobre as atividades de governação, num encontro que disse ser rotineiro e semanal. No final, aos jornalistas, prometeu anunciar nos próximos dias o nome do novo responsável pela pasta.
Questionado sobre se a saída de Botche Candé se deveu a razões pessoais, o primeiro-ministro disse que não. "Reconheço que é uma baixa no meu Governo", referiu. "O presidente da República usou uma prerrogativa que lhe assiste, é constitucional. É justa a decisão", disse ainda Simões Pereira. O primeiro-ministro negou que tenha falado com José Mário Vaz sobre Botche Candé, mas adiantou aos jornalistas que nos próximos dias vai apresentar ao presidente guineense o nome do próximo responsável pela pasta da Administração Interna.
Botche Candé saiu do Governo na sexta-feira, alegadamente por sua iniciativa, conforme um decreto presidencial que anunciou a sua exoneração sem especificar os motivos. Dias antes, o ministro teria sido impedido por rebeldes do Movimento das Forças Democráticas da Casamança de visitar certas zonas da fronteira com o Senegal. O movimento luta há mais de 20 anos pela independência daquela província do resto do território senegalês e foram encontrados em território guineense.
Com a saída de Candé do Governo, o ministério tem sido coordenado interinamente pelo secretário de Estado da Ordem Pública - Doménico Sanca.
RDP
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