terça-feira, 30 de dezembro de 2014

«ELEIÇÕES EM MOÇAMBIQUE» CONSELHO CONSTITUCIONAL PROCLAMA NYUSI E FRELIMO VENCEDORES


RENAMO insiste na formação de um Governo de Gestão, que represente eleitores moçambicanos cujo votos "foram roubados".
O Conselho Constitucional moçambicano proclamou Filipe Jacinto Nyusi vencedor da eleição presidencial moçambicana de 15 de outubro e o seu partido - FRELIMO, vencedor das eleições legislativas e provinciais do mesmo dia.

A decisão do CC era aguardada com grande expetativa, uma vez que a RENAMO, principal partido de oposição, e o seu líder - Afonso Dhlakama, anunciaram que não vão reconhecer os resultados apurados pela Comissão Nacional de Eleições, alegando que são fraudulentos. 

Em declarações no domingo, Dhlakama afirmou que "validar os resultados quando toda a gente sabe que houve fraude é ofender a população e os partidos políticos, é procurar violência e desobediência". Segundo o líder da RENAMO, o CC tem "a oportunidade de ser imparcial e ter a coragem política de indicar os problemas e invalidar as eleições, sem cumprir ordens do Governo nem do comité da FRELIMO", para erradicar a "cultura de fraudes" em Moçambique

O dirigente do partido da perdiz André Majibire insiste na ideia da criação de um governo de Gestão em Maputo. De acordo com o mandatário do maior partido de oposição, o presidente eleito "não está em altura de formar o Governo, porque ele não ganhou as eleições e não representa a vontade da maior parte do povo moçambicano". 

O MDM, terceiro maior partido moçambicano, manifestou-se triste com o acórdão do Conselho Constitucional, declarando que vai continuar a luta política para a reposição da verdade eleitoral. "Nosso sentimento neste momento é de tristeza. O Conselho Constitucional teve uma grande oportunidade de repor a verdade e a justiça eleitoral. Entretanto, isso não aconteceu", disse à imprensa o chefe da bancada parlamentar do MDM, em declarações aos jornalistas, momentos após o presidente Hermenegildo Gamito, ler o acórdão do órgão. Lutero Simango acrescentou que, uma vez esgotada a via judicial, o seu partido vai apostar na luta política para a reposição da verdade eleitoral, sem especificar os mecanismos que o MDM vai seguir.

Por seu turno, a FRELIMO, pela voz de Verónica Macamo, agradeceu aos eleitores moçambicanos e anunciou que não vai permitir que a RENAMO crie agitação, aludindo a ameaças de convocação de manifestações pelo principal partido da oposição contra os resultados do escrutínio.
rdp

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