Governo vai reconstruir casas na Achada Furna destruídas em 1995 para realojar famílias evacuadas.População de Chã das Caldeiras "será indemnizada" pela perda de bens, mas povoação de Portela vai desaparecer.
O primeiro-ministro de Cabo Verde voltou a reunir-se esta quinta-feira, em São Filipe, com os três presidentes das câmaras municipais da ilha do Fogo.
José Maria Neves está acompanhado pelas ministras cabo-verdianas da Administração Interna - Marisa Morais, Infraestruturas - Sara Lopes, Desenvolvimento Rural - Eva Ortet e do Ambiente - Antero Veiga, bem como de autoridades militares, policiais e da proteção civil e da coordenadora residente do Sistema da ONU em Cabo Verde - Ulrika Richardson-Golinski.
O objetivo das reuniões é afinar a estratégia do Governo face à erupção vulcânica que começou no domingo. A prioridade é reabilitar as cerca de uma centena de moradias construídas na sequência da erupção de 1995 em Achada Furna, para realojar as famílias evacuadas. O chefe do executivo assegura que os habitantes de Chã das Caldeiras serão compensados pela perda dos seus bens, provocada pela erupção vulcânica e pelas pilhagens.
O aumento da velocidade da lava expelida pelo vulcão que assola desde domingo a ilha do Fogo obrigou à evacuação, na madrugada de quinta-feira, do centro de operações de segurança que monitoriza também a erupção em Chã das Caldeiras. A lava tem agora uma frente de cerca de 600 metros de largura a caminho de Portela, de onde já fora retirada toda a população, mantendo-se, porém, alguns jovens nas encostas da Bordeira, as "paredes" da grande cratera de Chã das Caldeiras, com 11 quilómetros de extensão. José Maria Neves confirmou que se encontra a caminho de Cabo Verde uma fragata portuguesa com materiais de proteção civil e apoio logístico para reforçar as operações no terreno.
rdp
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