Lisboa - Os emigrantes são-tomenses residentes em Portugal lamentam não poder participar nas eleições que decorrem no seu país no próximo dia 12, afirmando-se marginalizados pelas autoridades nacionais, e responsabilizam o poder político de falta de vontade para alterar a situação.
Dentro de uma semana, os são-tomenses participam nas eleições legislativas, autárquicas e regional, mas a população na diáspora está impedida de exercer o seu direito de voto.
"Sentimo-nos marginalizados pelas autoridades", lamentou, em declarações à Lusa, o presidente da Associação da Comunidade São-Tomense em Portugal, António Cádio.
Este é "um assunto que já vem de há algum tempo a esta parte" e em relação ao qual as associações da sociedade civil têm alertado as autoridades são-tomenses, disse o responsável, que acrescentou: "Mas até ao momento não fazemos parte da festa da democracia, que é a votação nas eleições nas legislativas".
Para os emigrantes são-tomenses, cuja comunidade em Portugal ronda as 20 a 25 mil pessoas, segundo o seu representante, a impossibilidade de votar deve-se a "falta de vontade política".
"Eu participei no diálogo nacional, este ano, onde foi levantada essa questão. Veio nas recomendações do diálogo nacional, mas a conclusão a que chegamos é que há uma falta de vontade política", sublinhou.
António Cádio faz votos que a realidade se altere até às próximas eleições nacionais.
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