Nasceu em Chaves, 6 de janeiro de 1937 - Morreu em Cascais, 30 de setembro de 2014) foi um militar português.
Ingressou na Escola do Exército em 1953 e fez o curso de Marinha da Escola Naval entre 1954 a 1957. Em 1959, frequentou o Clearance Diving Course a bordo do HMS Vemon, e em 1962 concluiu o curso de especialização em submersíveis, tendo ainda concluído em 1966 o curso Geral Naval de Guerra.
Participou na Guerra Colonial, sendo conhecido por ter sido o comandante da célebre Invasão da Guiné-Conacri em Novembro de 1970. Na Marinha, chegou a Capitão de mar e guerra, tendo recebido 16 louvores ao longo da sua carreira, o último dos quais em 2 de abril de 1974, poucas semanas antes da Revolução dos Cravos.
Participou no fracassado Golpe de Estado contrarrevolucionário de 11 de março de 1975, tendo fugido para Espanha seis dias depois e sendo devido a isso expulso das Forças Armadas Portuguesas pelo Decreto-Lei n.º 147-D/75 de 21 de março de 1975. Posteriormente radicou-se no Brasil, tendo-se diplomado em administração de empresas no Rio de Janeiro em 1977 e feito o curso de piloto de aviões monomotores. Já no exílio, associou-se ao Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP) de António de Spínola, um grupo de ação política anticomunista que levou a cabo ações violentas contra membros de partidos de esquerda entre 1975/1976.6 7
Voltou pela primeira vez a Portugal, em 1978, clandestinamente. Depois, foi administrador da Fábrica de Explosivos da Trafaria. Nos últimos anos de vida, vivia entre Cascais e a Guiné, onde tinha uma fábrica de transformação de caju. Fundou na Guiné a Liga de Combatentes das Forças Armadas Especiais Portuguesas na Guiné-Bissau.
Embora afastado compulsivamente da Marinha após o 11 de março, veio a ser condecorado em 2010 com a Medalha de Comportamento Exemplar do Comandante do Corpo de Fuzileiros.
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