Cidade da Praia - A Agência de Regulação e Supervisão dos Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA) de Cabo Verde lança nesta segunda-feira uma campanha educativa sobre segurança sanitária dos alimentos, com enfoque no manipulador doméstico e nas crianças com idade escolar.
Em nota de imprensa, a ARFA indicou que a campanha visa informar a população sobre as principais medidas de higiene a tomar para evitar a contaminação dos alimentos a nível doméstico.
A agência cabo-verdiana informou que os conteúdos da acção se apoiam nas cinco chaves para uma alimentação segura, preconizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS): limpeza, separação dos alimentos, cozedura, conservação e utilização de água e matérias-primas seguras.
"O projecto pretende contribuir para a prevenção das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA's) e água contaminada, procurando com o programa educativo de 15 edições fazer uma via e um meio de excelência na salvaguarda da saúde das populações, bem como da redução de riscos económicos", lê-se na nota de imprensa.
O programa de três minutos, que se destina às crianças em idade escolar (entre seis e 12 anos), será difundido na Televisão e Rádio de Cabo Verde (TCV e RCV), entre 04 de Agosto a 27 de Setembro.
Conta com a colaboração da Cooperação Luxemburguesa, Nações Unidas, Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (FICASE), dezenas de escolas da Cidade da Praia e vários operadores do sector alimentar cabo-verdiano.
Um inquérito promovido pela ARFA, em 2011, em vários concelhos do país, apurou que o cidadão comum parece estar mais ávido por informações e maiores esclarecimentos e reconhece a importância da divulgação de informações/recomendações que lhe são úteis no dia-a-dia para a saúde.
Segundo um estudo promovido pelo Governo em 2012, a importação de produtos alimentares em Cabo Verde está acima dos 80 por cento das necessidades da população do arquipélago, o que para a ARFA expõe o país aos riscos associados à contaminação alimentar.
Por outro lado, "a própria produção e distribuição nacionais apresentam uma certa vulnerabilidade, porque as condições de higiene e salubridade são ainda insatisfatórias, constituindo um factor de risco acrescido", sublinhou a ARFA.
portalangop.co.ao
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