Bissau, 22 Ago 14 (ANG)- A família do antigo Procurador-geral da República assassinado, Nicandro Pereira Barreto voltou a carga na exigência às autoridades judiciais guineenses de esclarecimentos sobre as causas do seu “assassínio” e o julgamento e a consequente “condenação dos autores morais e materiais desse crime”.
Numa carta dirigida hoje ao Procurador-geral da República, a família Barreto disse que completando hoje 15 anos da morte de Nicandro, não percebe o motivo pelo qual uma “investigação originada por um crime público, não teve até então uma conclusão oficial”.
Ainda na missiva, a família Barreto “solicita” a Procuradoria geral da Republica a tornar pública as “conclusões das investigações conduzidas pela polícia Judiciária guineense com apoio da sua congénere portuguesa”.
Porque, segundo a família, sabe-se da “existência dum relatório” que alegadamente contém informações sobre “as evidências e provas recolhidas durante o período de inquérito” que apontam os presumíveis autores morais e materiais da morte do ex-PGR.
A família Barreto que diz esperar da feitura da” justiça” da parte do Procurador-geral da República, “independentemente das implicações e consequências que possam originar”, avisa que não desistirá do “direito de conhecer as verdadeiras causas do assassinato de Nicandro Pereira Barreto”
Copias da referida carta assinada pela filha, Nelvina Barreto, em representação da família, foram dirigidas aos Presidentes da República, da Assembleia Nacional Popular, do Supremo Tribunal da Justiça, ao Primeiro-ministro e as Organizações não-governamentais e dos Direitos humanos do país.
Nicandro Pereira Barreto que desempenhou, entre outras funções públicas, a de Procurador-geral da República da Guiné-Bissau, foi morto na noite do dia 15 de Agosto de 1999, na sua casa em Bissau, por pessoas até neste momento desconhecidas. ANG/QC/SG
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