São Tomé - O ex-Presidente de São Tomé e Príncipe e líder do Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal (MDFM-PL) Fradique de Menezes disse ontem à Lusa que é candidato a primeiro-ministro nas eleições legislativas de 12 de Outubro.
"Eu estou ao serviço do povo, fui eleito Presidente da República em 2001. Naquela altura disse que a escolha talvez não tivesse sido bem feita da minha parte. Ao invés de ser Presidente da República, deveria ser chefe do executivo", disse Fradique de Menezes.
"Se hoje há esta ocasião de o ser, porque não? Tudo depende do povo, mas com um projecto com cabeça, tronco e membro, Fradique de Menezes é candidato, sim" acrescentou.
O antigo Presidente são-tomense falava à margem da assembleia distrital do seu partido em Água Grande, destinada a eleger o secretário do partido e a lista dos deputados do MDFM para este distrito, o mais populoso do país, e o candidato a presidente de câmara.
Fradique de Menezes afasta qualquer possibilidade de coligação antes e depois das eleições com o Acção Democrática Independente (ADI) do ex-primeiro- ministro Patrice Trovoada.
"Não há lugar "para a coligação" e nem sequer se pensou nisto, nem há maneira de se pensar nisto", afirmou o líder do MDFM-PL.
Em 2010, em plena campanha eleitoral, Fradique de Menezes apelou aos militantes do seu partido para votarem no ADI, tendo por isso o MDFM, que na altura tinha 13 assentos na assembleia nacional (parlamento são-tomense), ficado reduzido a apenas um deputado.
"A um determinado momento, vendo que a adesão ao MDFM estava a tornar-se difícil - a primeira manifestação foi nas autárquicas -, e quando avançámos para as legislativas já sabíamos que o terreno não estava nada favorável ao MDFM, tivemos uma certa preocupação de conduzir as coisas para a mudança e única a força da mudança daquela altura era o ADI", explicou Fradique de Menezes.
O responsável assegurou que o seu partido vai às eleições sozinho, mas continua disponível para manter o vínculo no acordo interpartidário assinado em 2011 com outras duas formações políticas que sustentam o atual governo de Gabriel Costa.
"Este acordo continua válido, cada um vai as eleições de forma independente e no dia 12 ou 13 de outubro vamos ver qual é a possibilidade de uma governação conjunta. Depois do resultado espero que ninguém passe perna ao outro", sublinhou.
Fradique de Menezes disse que o seu partido já tem um manifesto eleitoral e um programa de governo "pronto para apresentar ao eleitorado".
As eleições legislativas, autárquicas e regionais do Príncipe estão marcadas para o dia 12 de Outubro e nelas deverão concorrer 13 formações políticas.
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