Cidade da Praia, - A CEDEAO criou um Fundo Especial de Urgência de Apoio à Guiné-Bissau para enfrentar os "desafios sociais prementes" no país, indica nesta sexta-feira um comunicado da organização oeste-africana, enviado à agência Lusa na Cidade da Praia.
No documento, que não adianta o montante, é indicado que a decisão foi tomada
quarta-feira na 45.ª sessão ordinária da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorreu em Accra (Ghana).
Segundo o comunicado final da cimeira, os 15 Estados membros da CEDEAO, que vão suportar o fundo, apelaram também aos parceiros internacionais para colaborarem na mobilização financeira, pedindo, como contrapartida, uma "governação inclusiva" do novo Governo guineense, saído das eleições de Junho.
A prioridade passa por se conseguir um "consenso nacional", tendo também como pano de fundo a execução de um programa de reformas "abrangente", através de um diálogo conducente à reconciliação nacional, recuperação económica, reforma dos sistemas governativos e políticos e processos de apoio à estabilização.
Na cimeira, a CEDEAO, que prestou homenagem ao presidente cessante da Guiné-Bissau Serifo Nhamadjo "pelo empenho e determinação que levaram o processo de transição a bom porto", aprovou também o Programa de Reforma Pós-Eleitoral para a Guiné-Bissau.
Dando as boas vindas ao novo chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, os 15 encarregaram a comissão da CEDEAO de apoiar o Governo de Domingos Simões Pereira no processo de mobilização de recursos para a implementação de reformas no país e de promover uma Conferência Internacional de Doadores.
Os 15 instruíram a Comissão da organização para tomar medidas urgentes, em estreita colaboração com o Governo guineense, comunidade internacional e demais parceiros, para a revisão do mandato da Missão de Segurança da CEDEAO na Guiné-Bissau (ECOMIB), a partir de 31 de Dezembro de 2014.
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