Presidente do Parlamento guineense promete "apreciação cuidada" da exploração dos recursos naturais.
Cipriano Cassamá - engenheiro agrónomo, quer impedir destruição das florestas e exportação ilegal de madeira. Areias pesadas, fosfatos e bauxite também serão alvo de novas regras e mais controlo.
O novo presidente do Parlamento da Guiné-Bissau - Cipriano Cassamá, prometeu esta terça-feira, no primeiro discurso oficial, que o órgão que dirige irá fazer uma "apreciação cuidada" dos contratos de exploração de recursos naturais do país.
Cassamá, engenheiro agrónomo formado na Argélia e em França, disse que a apreciação dos contratos faz parte do trabalho do Parlamento na "defesa dos interesses" dos guineenses que representa.
Nos últimos anos, as florestas da Guiné-Bissau têm sido dizimadas devido ao abate desregulado de árvores para exportação de madeiras. O corte ilegal de árvores na Guiné-Bissau já está a afetar as "florestas sagradas", nomeadamente em Quinara, Cafuda e Cantanhez, e um grupo de cidadãos lançou uma petição na Internet contra o abate de espécies nobres. Apesar das denúncias feitas desde 2012, madeira de todo o país acaba em contentores e é exportada por via marítima e terrestre, sem regras, nem controlo, para benefício de alguns negociantes chineses. Os "tronqueiros", nome dado pela população aos homens de motosserra que abatem a floresta, surgem com autorizações e guardados por militares ou outras forças de segurança do Estado e os habitantes pouco ou nada podem fazer para os impedir de entrar nos seus próprios terrenos.
Em Lisboa, o Movimento Cívico 'Contra o Abate de Árvores' na Guiné-Bissau realiza, esta quarta-feira, no hotel VIP Zurique, um debate sobre este tema, a partir das 17 horas. Entre os oradores estão a jurista Antonieta Rosa Gomes, o economista Afonso Gomes, o economista Eduardo Fernandes, bem como um ambientalista da Quercus. O debate vai ser transmitido em direto na RDP África e nas rádios da Guiné-Bissau, tanto locais como online.
Também os contratos de exploração e prospeção de recursos como areias pesadas, fosfatos e bauxite têm sido questionados pela população que pedem a intervenção das novas autoridades eleitas. Também o Presidente eleito da Guiné-Bissau - José Mário Vaz, prometeu a 26 de maio rever todos os contratos relacionados com a exploração de recursos naturais do país, "doa a quem doer".
O novo líder do Parlamento guineense, eleito com 94 votos dos 99 parlamentares presentes na sessão que marca o início da nova legislatura, prometeu também trabalhar com as demais instituições da República para o levantamento de sanções em vigor desde o golpe militar de abril de 2012. Cassamá anunciou igualmente uma ação "vigorosa" do Parlamento para a promoção de mecanismos que possam trazer uma rápida reconciliação dos guineenses, nomeadamente uma apreciação de uma lei de amnistia aos crimes de natureza política e militar. Cipriano Cassamá disponibilizou-se a cooperar com as outras instituições para a recuperação da credibilidade e imagem do país, mas defendeu uma atuação "decisiva" dos deputados na ação fiscalizadora das tarefas do executivo. Nesse particular pediu aos novos deputados que reforcem a sua presença junto das populações e destacou a necessidade de "grandes reformas" nomeadamente a do setor militar. O novo presidente do Parlamento guineense prometeu "mais abertura" do Parlamento aos cidadãos bem como às instituições similares de outros países dos quais espera colher experiências.
Para o cargo de primeiro vice-presidente do Parlamento foi eleito o deputado Inácio Correia - do PAIGC, Alberto Nambeia - líder do PRS, segunda maior força no Parlamento é o segundo vice-presidente, Dan Iaia do PAIGC - primeira secretária e Serifo Djaló - do PRS, segundo secretário.
http://www.rtp.pt/rdpafrica/?t=Presidente-do-Parlamento-guineense-promete-apreciacao-cuidada-da-exploracao-dos-recursos-naturais.rtp&article=2885&visual=6&tm=10&headline=16
Eu não estou aperceber ou os srs presidente da assembly e da Republica da guine Bissau, que não sabem as funções.Foi president da Republic eleito num dirscurso da vitoria, prometeu rever todos os contratos oram assinados pelo governo da transição e agora é vez de president da assembly, irá apreciar todos os contratos tantos cortes abusivos das florestas e da areias pesadas.Afinal de quem são as competencias para esses efeitos ? será da president da Republic ou da president da assembly ou será do governo? Pelo que eu saiba todos os contratros e as revisões são materias do governo. Neste caso em concreto tanto president da Republic e como o president da assembly estão a imiscuir no assunto do governo.É uma vergonha os orgãos da soberania não sabem quais são as suas
ResponderEliminarfunções! Esta tudo uma trapalhada. E agora o que governo faz? vai criar leis no parlamento ou vai fazer cumprir á constituição da Republica?
Estamos fartos das aministias ao crimímosos, corruptos e golpistas, e tudo tipo de maldade contra o povo e contra o País até quando se fará a justiça e punir os bandidos...
ResponderEliminarO srº Cipriano Cassama, foi sempre um incompetente trabalhou juntamente com o meu falecido pai, (Na Direcção Geral das Florestas e Caças) de tanto (Puxar sacos) ou por outras palavras bem nosso de tanto (Bari padja). Chegou a este nível e agora quer amnistiar os golpista...Estamos atentos a sua manobras...
ResponderEliminar