O principal favorito a vencer as eleições presidenciais no Egito garante que se chegar ao poder vai “acabar com a Irmandade Muçulmana”. Abdel Fattah al-Sissi, numa entrevista a dois canais privados de televisão acusou a Irmandade de incentivar a atuação de grupos terroristas no Sinai.
O ex-chefe militar garantiu que não é ele que quer acabar com a organização, já classificada como terrorista, mas “é o povo egípcio que não quer que a Irmandade exista”. al-Sissi garantiu que” isso foi demostrando quando o presidente Morsi foi derrubado do poder a 30 de junho do ano passado”.
O marechal responsável pela queda do antigo presidente Morsi disse ainda que, se for eleito, as forças armadas não vão ter qualquer participação na governação do país.
Esta entrevista foi vista com interesse por muitos egípcios. Um morador da capital do país garante que “todos adoram Al-Sissi porque ele é o salvador do Egito”. Outro residente explica que durante a revolução do Egito em 2011, “Hamdeen Sabahi, único adversário de Sissi e candidato da esquerda, era o favorito dos jovens. Mas agora querem alguém mais forte. Além disso, diz que o ex-chefe militar foi capaz de enfrentar o regime de Morsi e está a liderar o país neste período difícil em que a violência continua a existir.
As eleições presidenciais estão previstas para 26 e 27 de maio.
Recorde-se que depois da saída do poder de Morsi, mais de 1.400 pessoas foram mortas na repressão desde julho e cerca de 15 mil detidas.
O ex-presidente e a maior parte da direção política da Irmandade Muçulmana têm estado a ser julgados.
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