O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse hoje que uma das suas mulheres foi violada dentro da sua residência de Nkandla, ao explicar as polémicas obras no local realizadas com dinheiros públicos e justificadas com necessidades de segurança.
"Era preciso mais segurança devido a alguns problemas. A minha casa foi queimada duas vezes e uns delinquentes entraram e violaram a minha mulher quando eu ainda estava no governo provincial (da região oriental de KwaZulu-Natal, a que pertence a localidade de Nkandla)", explicou Zuma num encontro com jornalistas.
Zuma integrou o governo regional de KwaZulu-Natal, província de que é originário, na segunda metade dos anos 1990.
Um relatório do Protetor Público sul-africano, a advogada Thuli Madonsela, divulgado em março conclui que o Presidente Zuma aproveitou obras para reforço da segurança da sua casa de campo em Nkandla para fazer melhoramentos na propriedade e violou o código de ética que o obriga a não esbanjar dinheiro público.
Embora não acuse formalmente o chefe de Estado de corrupção, o relatório indica que Zuma aprovou "tacitamente" as obras que não estavam relacionadas com a sua segurança, como uma piscina, um anfiteatro ao ar livre e uma cerca para gado, e recomenda que o Presidente reembolse o Estado de uma parte dos mais de 15 milhões de euros gastos pelo Governo nos trabalhos de renovação.
DN
O relatório do Protetor Público, encarregado da investigação de informações sobre abuso de poder por parte de responsáveis públicos, também expõe a cadeia de responsabilidades, de ministros ao arquiteto, envolvida numa gestão "assustadora".
Sem comentários:
Enviar um comentário