O economista José Mário Vaz, candidato do PAIGC às presidenciais, promete um país novo, onde todos vão se unir para o relançamento económico, sem instabilidades e sem golpes de Estado. E promete também perdão.
Economista formado em Portugal, José Mário Vaz apresenta-se como um homem que imprime rigor na administração pública e como um acérrimo defensor do trabalho, tendo já sido presidente da Câmara Municipal de Bissau e ministro das Finanças do Governo deposto pelo golpe de Estado de 2012.
JOMAV, como também é apelidado, afirma-se como caminho ideal para uma Guiné melhor num futuro próximo: "Sou uma pessoa limpa, dirigi as insituições por onde passei com seriedade, clareza, com firmeza e transparência."
Na corrida eleitoral pela primeira vez, JOMAV é candidato do PAIGC, Partido para a Independência da Guiné e Cabo Verde, para a presidência do país, e Domingos Simões Pereira, presidente do partido, concorrente às legislativas.
A dupla promete uma nova esperança, um novo país a partir do dia 14 de Abril, um dia depois das eleições.
Simões Pereira está convencido de uma coisa: "Vamos ganhar as legislativas e presidenciais para o bem da Guiné-Bissau e dos guineenses. Prioridade das prioridades é criar uma economia forte, criar trabalho, e por finalmente a economia a funcionar."
O candidato deixa claro que tudo depende também do apoio dos guineenses: "Definitivamente vamos ter que tirar o país da dificil situação enconómica em que se encontra e isso só será possível com muito trabalho. Vou pedir aos guineenses, vamos evitar intrigas, inveja, ódio. Temos de nos abraçar para levar para frente esse grande país."
Promessa de perdão aos criminosos
Se for eleito Presidente nas eleições de 13 de Abril, JOMAV garante que a primeira tarefa seria perdoar a todos aqueles que cometeram crimes rumo a uma verdadeira reconciliação nacional.
Ele promete que "a partir do dia 14 de Abril todo o mundo será perdoado, mesmo aqueles que cometeram crimes no dia 13, só assim teremos uma verdadeira reconciliação nacional, paz e estabilidade."
Mas avisa que quem intentar contra autoridade do país será responsabilizado: "É um dos papéis fundamentais de um Presidente da República saber resolver problemas no momento certo. Chamo a atenção, a partir do dia 14 quem desafiar as autoridades será responsabilizado.”
Enquanto Comandante em Chefe das Forças Armadas, promete criar condições de segurança para não haver mais alterações de ordens constitucionais, não ingerência dos militares na política.
Confiante, JOMAV promete uma governação tranquila ao seu companheiro de partido: "Enquanto presidente vou criar condições para que o primeiro-ministro possa governar sem instabilidades. A instabilidade acabou. Domingos Simões Pereira vai governar durante os 4 anos do seu mandato sem golpes de Estado. Haverá entendimento e rigor."
Passado sombrio
Já Domingos Simões Pereia, presidente do PAIGC, que disputa a chefia do próximo Governo, fala de país novo depois das eleições: "Entendemos que os partidos amigos,os países parceiros e as organizações se engajem desde já para que o dia a seguir às eleições seja um dia da construção de um país novo. Sou o candidato do PAIGC e tenho a responsabilidade de construir a vitória do partido."
No mês de fevereiro de 2013, José Mário Vaz, que tinha acabado de regressar ao país depois de passar vários meses em Portugal na sequência do golpe militar, foi detido a mando do ministério Público durante três dias.
JOMAV foi acusado de estar envolvido no desaparecimento de um apoio orçamental doado pela República de Angola à Guiné-Bissau, enquanto ministro das Finanças. Acusações essas que sempre refutou.
DW.DE
Sem comentários:
Enviar um comentário